CRÍTICA | Doutor Estranho no Multiverso da Loucura traz o lado sombrio da magia para o MCU

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[essa crítica não contém spoilers]

Na noite desta quarta (04) começam as sessões de pré-estreia de um dos blockbusters de super-heróis mais aguardados do ano. Doutor Estranho no Multiverso da Loucura retorna com Benedict Cumberbatch no longa dirigido por Sam Raimi.

O filme tem roteiro de Michael Waldron e também conta no elenco com Chiwetel Ejiofor, Elizabeth Olsen, Benedict Wong, Xochitl Gomez, Michael Stühlbarg e Rachel McAdams. 

Sobre o que é o filme?

Em Doutor Estranho no Multiverso da Loucura o MCU desbloqueia o Multiverso e expande seus limites mais do que nunca. Doutor Estranho (Cumberbatch) conta com a ajuda de aliados místicos antigos e novos, atravessa as realidades alternativas alucinantes e perigosas do Multiverso para enfrentar um novo e misterioso adversário.

Na realidade o filme é responsável por algo além da expansão do multiverso, como esperávamos. O longa introduz novos personagens e solidifica uma nova realidade em que os Vingadores não são mais o epicentro de todo enredo. Apesar de ser comum acreditar que Doutor Estranho 2 será aquele que irá unir os heróis afastados da Marvel, sua real intenção é ampliar os horizontes de Stephen Strange, com seus poderes e as consequências de seus atos.

Algo que pode chocar os fãs, que aguardavam pelo filme, é o fato de que esse seja um filme da Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen). Ela não é uma mera coadjuvante, é a causa e consequência da trama e seus desdobramentos. O tom do filme ganha uma dose mais sombria por causa dela. Em outras palavras, Doutor Estranho no Multiverso da Loucura só começa de fato quando ela aparece.

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Ainda que o final do filme escancare uma porta repleta de possibilidades para o herói, seu desempenho (até o ato final) se mantem dentro do esperado e já visto no MCU. Ao passo que os poderes de Wanda ganham uma dimensão jamais vista em sua versão live action. Se aproximando cada vez mais de sua versão da HQ ao se tornar uma onda de poder inabalável. 

Pontos positivos 

Um dos pontos positivos de Doutor Estranho no Multiverso da Loucura é que ele vai direto ao ponto. O longa sabe dosar e preencher as 2 horas e 6 minutos de duração de filme com uma série de acontecimentos que não irão deixar você desgrudar os olhos da telona.

Acredito que esse seja o filme mais sombrio do MCU, apostando em criar uma áurea aterrorizante em uma perseguição mortal. O filme tenta criar jump scares e choca a audiência com momentos trágicos e dolorosos de se assistir. Todavia a Marvel ainda mantém sua marca family friendly sem deixar tudo muito explicito ou traumatizante.

A introdução de America Chavez pode ser considerada uma das melhores coisas na nova fase do MCU. Carismática, cativante e com o poder de conquistar a audiência com seu jeitinho astuto e inocente, Xochitl Gomez é a cara do futuro dos novos vingadores e nos faz implorar por mais dela e de sua dinâmica marcante com Benedict Cumberbatch.

Doutor Estranho no Multiverso da Loucura garante alguns fanservices e referências claras as histórias em quadrinhos, mas (felizmente) não se apoia neles para construir sua narrativa. As aparições especiais são pontuais e perfeitas para enfatizar um perigo assustador. Ainda que breve, essas participações especiais surpreendem e chocam por não aparecerem do jeito que esperávamos. Doutor Estranho 2 nos conquista pelo elemento surpresa.

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Pontos Negativos

Confesso que os efeitos visuais não chamaram tanta atenção como no primeiro filme. A cena inicial causa uma certa estranheza e em alguns momentos o CGI não é nada sutil. No entanto, as viagens entre os multiversos e a batalha final são de encher os olhos. A ousadia e criatividade característica de Doutor Estranho ganha destaque nesses momentos.

Doutor Estranho no Multiverso da Loucura é o filme mais “fora da curva” do Universo Cinematográfico da Marvel. Flerta com um terror family friendly, com referência sutis a alguns clássicos, mas ignora momentos importantes de produções anteriores que deram ensejo ao multiverso (como Loki e Homem-Aranha Sem Volta Para Casa). Ao fim, transforma o longa em uma continuação de WandaVision, nos mesmos moldes da série recria o arco de desenvolvimento de Wanda Maximoff.

Afinal, vale a pena assistir Doutor Estranho no Multiverso da Loucura?

Definitivamente o segundo filme do vingador é algo a ser considerado como uma das melhores produções do MCU até então. Do mesmo modo que ele insere a fantasia de super-heróis, com atos heroicos e sacrifícios, ele consegue instaurar um novo sentimento: o medo. 

Doutor Estranho no Multiverso da Loucura é um filme que explora o lado perigoso da magia, não da forma como vimos em What If, mas de um modo mais sombrio. Em contrapartida não perde a essência dos filmes do mago, com efeitos visuais surpreendentes e a leveza que habita no humor pontual e sarcástico dos personagens.

A Tribernna assistiu ao filme antecipadamente a convite da Disney

Nota: 4,5/5

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Autor do Post:

Ludmilla Maia

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26 anos. Criadora e uma das fundadoras da Tribernna, escrevo pra internet desde 2016. Amo podcast como amo cultura asiática e heróis. Nas horas vagas, concurseira e bacharel em direito.

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Um dia eu te conto o que significa o nome “Tribernna”.

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