O cartunista Angeli, de 65 anos, anunciou o fim da carreira nesta quarta-feira (20) como cartunista após o diagnóstico de afasia progressiva primária. Sua esposa, Carolina Guaycuru, confirmou que o cartunista recebeu o diagnóstico há alguns anos, e que no último mês a doença se agravou.
Afasia é uma disfunção de linguagem que pode envolver deficiência na compreensão ou expressão de palavras ou equivalentes não verbais de palavras. A doença é degenerativa, ou seja, a situação vai se agravando ao longo do tempo e apesar de ter tratamentos, a afasia não tem cura. Segundo a Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBF), esse comprometimento ocorre após um dano cerebral. A causa mais comum é o AVC, mas também pode ocorrer após um traumatismo cranioencefálico (TCE), tumor cerebral, aneurisma, infecções cerebrais e alguns tipos de demência.
Arnaldo Angeli Filho publicou seu primeiro desenho aos 14 anos, começou sua carreira na na “Folha de S.Paulo“, com a tira diária “Chiclete com Banana”, que mais tarde viria a ser também o nome da revista de quadrinhos independente lançada em 1985. Angeli foi responsável por criar vários personagens marcantes, como Rê Bordosa, Bob Cuspe, Wood & Stock e os Skrotinhos, entre outros. Angeli também teve seus trabalhos publicados pelas revistas Linus, de Milão; El Vibora, de Barcelona; Humor, de Buenos Aires, e no jornal Diário de Notícias, de Lisboa, além de ser um dos idealizadores e editores do projeto Baiacu.
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Hector Sousa
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Sergipano. Bacharel em Cinema e Audiovisual. Cineasta, podcaster e improvisador. Escreve para Tribernna sobre cultura pop. Amante daquele pagodinho e fã do Miles Morales.