Tivemos a oportunidade de assistir aos primeiros dois episódios da nova série sobre Halo, produzida pela Paramount+. Halo é um dos, se não O maior, jogos exclusivos da marca Xbox. O primeiro título foi lançado em 2001 e a última aventura foi lançada em novembro do ano passado (2022). A série irá ao ar para o público assinante do streaming no dia 24 de março. Mas afinal, o que achamos dos primeiros episódios?
Primeiramente, Halo é uma ficção científica que abrange vários assuntos, desde religião e militarização até a origem da vida e a exploração espacial verdadeira. O jogo foi lançado no início da década de 2000 para o Xbox original e desde seu início fez uma grande quantidade de fãs, pessoas que consomem todos os livros, filmes, séries e HQs que fazem parte do universo compartilhado da série.
Esse não é meu caso. Meu primeiro contato com Halo foi com Halo 3, o grande jogo que vendeu uma grande parte dos consoles Xbox 360. Nunca consumi os conteúdos extras, embora uma das franquias dos filmes tenha me interessado. Dito isso, joguei apenas os jogos principais, contando com Halo 3: ODST e Halo Reach, então não posso me considerar um grande conhecedor do universo de Master Chief.
Porém a série conseguiu fazer eu me sentir um grande especialista no jogo. Nenhum dos grandes temas do jogo foi tratado, que fez com que eu me decepcionasse a cada personagem interessante que apareceu nos primeiros dois episódios. Master Chief está irreconhecível, e a história parece se passar em um universo diferente dos jogos. Embora a armadura de Chief esteja sim legal e os Elites – uma das raças mais importantes para Halo – está bem caracterizada, o resto da série acabou ficando rasa.
O enredo dos dois primeiros episódios envolve uma guerra civil dentro dos territórios humanos e a descoberta de um aparelho alienígena que controla energia ao toque do protagonista. Um dos grandes problemas é ele: John 117. Criado por uma cientista para ser um ser humano avançado, o Spartan passa a maior parte dos dois episódios SEM o capacete, e ainda por cima fazem questão de tirar todo o resto da armadura em um dos episódios.
Isso não é uma crítica boba, embora eu tenha noção que ela pareça um lamento de fã. Master Chief é uma armadura para a humanidade, sempre focado em achar formas de solucionar os problemas da raça humana e acabar com a guerra que dizimou planetas inteiros, matando bilhões de humanos. Era óbvio que uma série com um ator relativamente conhecido (Pablo Schreiber), o personagem iria mostrar o rosto em algum momento. Mas acreditei que a série fosse seguir o caminho que O Mandaloriano seguiu.
Fora isso, a trama envolve uma parte extremamente terrestre, que embora seja sim importante para a franquia, nunca chegou a ser o assunto principal de nenhum jogo. Eu gostaria de ter visto a queda de Reach, histórias sobre o Flood ou até quem sabe – pode ser que seja um pedido grande demais – ver um Halo em live-action. Sim, o conceito que baseou todo o primeiro jogo, além de vários outros títulos (sem contar ser o nome da franquia), nem chegou a aparecer.
Minha vontade é que a série consiga melhorar nos outros episódios, porém duvido muito que aconteça. Halo, infelizmente, acabou recebendo o mesmo cuidado que as últimas temporadas de Flash. Parece barato, sem planejamento e o pior de tudo: nem parece que é uma série baseada em Halo. Se a armadura de Chief fosse deixada de lado (como foi em grande parte do episódio) essa seria uma série esquecida. Os fãs precisam ver para ficarem com um pouco de raiva e voltar a abraçar ainda mais forte os jogos, mas fora eles, não acho que essa série vai ser verdadeiramente interessante para alguém.
A série estreia hoje (24) na Paramount+.
Nota: 2/5
Autor do Post:
Manoel Cunha
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Gamer, cinéfilo, leitor e as vezes faço algo mais da vida. Estudante de jornalismo, fã de podcasts. Gamertag: manoelcdq.