CRÍTICA | Please Hold é o produto da privatização carcerária com a combinação de Franz Kafka e Black Mirror

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Please Hold é um daqueles filmes que o roteiro vai jogando migalhas de informações, e o desenvolvimento vai nos ajudando a juntar as peças e no final não chega a lugar nenhum.

Não que seja um ponto negativo, mas o clima do curta vai nos levando a crer que algo grandioso vai acontecer, apresenta tecnologia futurística, mas fica por aí, não avança, a reviravolta não acontece e a gente fica com aquela sensação de dúvida se o filme realmente acabou.

A crítica ao sistema prisional é o ponto alto da obra, a inutilidade da maioria dos processos penitenciários, a exploração da mão de obra encarcerada. O que nos faz pensar no erro que seria a privatização do sistema carcerário.

De acordo com a sinopse oficial, o curta traz a história de Mateo (Erick Lopez), um homem que é preso por um drone da polícia sem explicação. Encontrando-se trancado em uma prisão totalmente automatizada sem meios de recurso, Mateo percebe que caiu em algum tipo de rachadura no sistema. Para sair vivo, ele terá que enfrentar a burocracia labiríntica e informatizada do sistema de justiça americano privatizado, em busca de um ser humano real que possa consertar as coisas. Esta sátira social mordaz examina o sistema penal cada vez mais lucrativo e desumanizante, onde as comunidades marginalizadas são deixadas para arcar com os custos.

MATEO (Erick Lopez)

Voltando ao curta, assim que começamos a assistir Please Hold, percebemos a semelhança com Black Mirror e O Processo, do Franz Kafka, o que faz nossa atenção ficar fixamente na obra.

Por fim, é possível concluir que Please Hold é uma excelente obra, com o começo curioso, o meio muito bem recheado, porém com o terceiro ato no mínimo desanimador. A produção está indicada na categoria de Melhor curta-metragem em live action no Oscar deste ano.

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Nota: 4,2/5

Autor do Post:

Gilcimar Santos

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Estudante de Jornalismo, que adora escrever o que pensa. Consumidor assíduo de cultura pop e filmes de terror, com personalidade baseada na mistura de Fernando Pessoa e Edgar Allan Poe. Quero Café!

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