O anime lançado pela Netflix, Fora de Órbita, tem sido uma sensação desde seu lançamento na última semana de janeiro. A animação chegou apenas com 6 episódios na primeira temporada e traz uma trama cheia de reflexões e deixa ganchos para a sua segunda parte.
Fora de Órbita começa muito bem. No seu primeiro episódio, nos apresenta Toya Sagami, um protagonista revoltado com o sistema vigente, mas com justificativas que nos fazem entender o seu lado. No anime duas crianças nascidas na Lua e três da Terra precisam fazer de tudo para sobreviver a um acidente em uma estação espacial. A série se passa em 2045, quando a Lua já foi colonizada pela Terra e os humanos vivem fora do seu planeta natal.
Existe uma tensão posta em relação a um preconceito existente entre crianças nascidas na Terra x crianças nascidas na Lua. O que intensifica ainda mais a luta pela sobrevivência dessas crianças nessa estação espacial, diante dos conflitos internos.
O conceito do anime é bastante interessante, traz várias reflexões sobre o uso da tecnologia, principalmente as IAs (Inteligências Artificiais), o uso das redes sociais e, em um certo diálogo, debate até sobre vida e morte. Além de, claro, exaltar o Japão e dar uma cutucada nos Estados Unidos. Porém todo esse contexto promissor se perde em diálogos maçantes cheios de explicação e uma enxurrada de informações que te fazem sentir que acabou pulando algum episódio por se perder no que está acontecendo. Do meio para o fim, a animação coloca vários plots twists, alguns dão muito certo, outros nem tanto.
Fora de Órbita é uma boa obra, ótima para quem gosta de narrativas profundas e que te fazem pensar, mas não funciona como um entretenimento rápido. É bastante promissora e pode melhorar nessa sua segunda parte, tudo depende do roteiro amenizar em diálogos explicativos e explorar outras formas de apresentar o universo e os problemas que traz.
NOTA: 2,5/5
Autor do Post:
Hector Sousa
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Sergipano. Bacharel em Cinema e Audiovisual. Cineasta, podcaster e improvisador. Escreve para Tribernna sobre cultura pop. Amante daquele pagodinho e fã do Miles Morales.