Jack Reacher é um personagem já conhecido no mundo todo. Isso porque já protagonizou inúmeros livros, escritos pelo autor britânico Lee Child, e conta com dois filmes protagonizados pelo ator Tom Cruise. Tudo isso gabaritou Jack Reacher a garantir uma série própria, feita pela Prime Video, da Amazon.
“Reacher”, como a série é chamada, dirigida por Nick Santora, estreou há poucos dias no serviço de streaming e foi um grande sucesso, tanto que já garantiu a renovação para uma segunda temporada. O seriado, até o momento, conta com oito episódios, com cerca de 50 minutos cada. Quem gosta de temporadas fechadas, pode assistir sem medo. A história é iniciada no primeiro episódio e finalizada no oitavo, o que leva a crer que, possivelmente, a segunda temporada terá uma trama diferente.
Dito tudo isso, vamos, de fato, falar sobre a primeira temporada. “Reacher” é uma série simples, que envolve clichês de diferentes filmes de ação, mas entretém e diverte em todos os momentos – para quem é fã do gênero, é claro. O seriado conta com boas cenas de ação, uma trama que vai se desenvolvendo aos poucos e apenas é concluída nos capítulos finais.
Por mais que a trama possa parecer complicada em alguns momentos, ela é constantemente explicada, com detalhes, exemplificando tudo ao fim para que não restem dúvidas sobre como toda a ação dos vilões ocorre. A motivação do protagonista Reacher, interpretado por Alan Ritchson, é simples: vingar a morte do seu irmão, Joe Reacher.
Já dos outros dois personagens com certo protagonismo, a oficial Roscoe Conklin, interpretada por Willa Fitzgerald, e Oscar Finley, interpretado por Malcolm Goodwin, têm, como motivação, resolver os crimes que assolam a pequena cidade do interior da Geórgia, desvendando toda a trama de assassinatos que começaram a acontecer no local.
O trio conta com grande química, tanto trabalhando unidos como separados. Os personagens funcionam bem, mesmo que individualmente, tendo suas histórias particulares exploradas, o que revelam suas motivações em trabalhar para a polícia naquele pequeno local – mesmo com potencial para trabalhar em autoridades de “maior escalão”, digamos assim.
Admito que eu não conhecia o trabalho do Alan Ritchson, mas, aparentemente, ele foi o ator perfeito para interpretar Jack Reacher, um personagem “duro”, mas com o coração no lugar certo, pelas coisas certas. Isso não significa que eu goste do trabalho do ator, que parece ter uma grande limitação, mas, claramente, sempre haverá bons papeis para ele em filmes e séries de ação.
A história começa com Reacher chegando à pequena cidade no interior da Geórgia, supostamente para conhecer a história de um músico de jazz que o seu irmão, Joe Reacher, havia o falado sobre. Ao chegar na cidade, Reacher é preso, acusado de assassinato. Acusação essa que logo cai por terra.
Descobrindo, em seguida, que um dos assassinatos ocorridos foi o do seu irmão, Jack Reacher começa a investigar, basicamente “forçando” a sua ajuda na polícia. Aí começa o seu arco de vingança, velho clichê e impulsionador de inúmeras histórias de ação, mas que nunca fica batido.
Conforme a história avança, Reacher vai desvendando a trama, junto com seus companheiros policiais, mas deixando em aberto quem é o verdadeiro “cabeça” que está por trás de todo esquema criminoso que acontece na cidade. O antagonista, por sua vez, é somente confirmado no penúltimo capítulo, gerando, de certa forma, surpresa.
Sobre as partes técnicas, “Reacher” não deixa a desejar. A direção vai bem, desenvolvendo a trama com naturalidade. As cenas de ação são bem trabalhadas, não deixando a desejar em nada, nem mesmo na quantidade de sangue ou na brutalidade das mortes. A trilha sonora consegue trabalhar bem a adrenalina e a tensão necessária antes de diferentes desdobramentos.
Em conclusão, “Reacher” é um bom entretenimento. Não revoluciona o gênero ou a indústria de séries, mas diverte e atende os requisitos para ser considerada uma boa e envolvente série de ação, não deixando a desejar. Quer brutalidade? Tem. Quer sangue? Tem. Quer tiro? Tem. Quer pancadaria? Tem também. Tem até cena de sexo desnecessária, para cair em mais um clichê do gênero.
Trailer:
NOTA: 4,2/5
Autor do Post:
Henrique Schmidt
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O louco dos livros, filmes, séries e animes. Talvez geek, talvez nerd, talvez preguiçoso, mas com certeza jornalista