CRÍTICA | “O Massacre da Serra Elétrica: O Retorno de Leatherface” é uma bela decepção

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Crítica sem spoilers.

Cá estamos, mais uma vez, para falar de filme de horror de franquia. Hoje (18) estreou na Netflix o 9º filme da franquia criada na década de 1970 por Tobe Hooper, O Massacre da Serra Elétrica – O Retorno de Leatherface. Já temos um texto que resume toda a franquia, você pode ler clicando aqui.

O novo O Massacre da Serra Elétrica ignora todos os filmes da franquia e é uma sequência direta dos acontecimentos de 1973. O filme conta com a direção de David Blue Garcia, roteiro de Chris Thomas Devlin, Rodo Sayagues e Fede Alvarez, que também produziu o filme e nos prometeu um filme com uma pegada oldschool como ele fez em A Morte do Demônio (2013), usando câmeras com lentes vintage, todo o possível para que o filme tenha a mesma pegada visual do original de 1974. No elenco, temos Olwen Fouéré como Sally Hardesty, a primeira mocinha a fugir do assassino da motosserra e no papel do assassino ficou com o ator Mark Burnham.

No filme de 2022, temos uma história um pouco parecida com a dos outros: um grupo de jovens empresários vai até uma cidadezinha praticamente abandonada no Texas, com a ideia de criar uma nova cidade moderna e gentrizada. Um conflito surge ao encontrarem a dona de uma das propriedades que se nega a deixar a sua casa e durante uma discussão, ela acaba passando mal e morrendo. Acontece que essa mulher, a Sra. Mc, era a mãe adotiva de um homem muito peculiar, que surta com a morte da mãe e acaba matando o xerife, um policial e a namorada de um dos empresários. Nesse momento, descobrimos que este home é o Leatherface que ficou quase 50 anos escondido e agora que não tem mais ninguém para cuidar dele, ele fará de tudo para se vingar de cada um dos “culpados” pela morte a mãe. 

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Sally Hardesty, a única sobrevivente da matança de 1973, se tornou uma policial e dedicou a sua carreira a tentar encontrar o homem que assassinou seus amigos e seu irmão, mas como ele estava mascarado, ela nunca o encontrou. Agora, 50 anos depois, chegou a ela a informação de uma assassino em Harlow, no Texas, que arrancou e vestiu a cara de uma das vítimas. Então ela parte em busca da sua vingança.

Sally Hardesty (Olwen Fouéré).Massacre da Serra Elétrica: O Retorno de Leatherface (2022).

Nos primeiros minutos, o filme parece ter algo a dizer, começando a falar sobre racismo, nazismo os confederados e as consequências do armamento civil, chegando a mencionar um tiroteio numa escola, mas o filme falha sendo raso e não desenvolvendo nenhum dos assuntos propostos.

O filme é bonito como Fede Alvarez prometeu que seria. Tem cenas gore LINDAS de se ver, belíssimas mortes para quem adora um bom filme slasher, até umas atuações que convencem, considerando o que se espera de um filme do tipo, mas decepciona no resto. Só que falta alguma coisa, que eles não conseguiram trazer para esse filme. 

Confesso que achei graça até em situações sérias, como os assassinatos no ônibus. É incrível como as pessoas desse filme são burras e acreditam que o Leatherface é apenas uma lenda e tentam até fazer uma live nas redes sociais quando ele entra no ônibus, temos até pessoas comentando que é um show daquelas casas dos horrores. Infelizmente, não era. 

Foi decepcionante criar tantas expectativas e ver todas elas ruírem, principalmente por conta dos comentários do produtor, que fez excelentes filmes de horror no decorrer da sua carreira. Não adianta nada ter estética e estrutura, se a narrativa não sustenta as 1 hora e meia que você quer colocar em tela. Não é o pior filme da franquia, com toda certeza não é, mas chega perto. Seu final e a cena pós-créditos mostram que há espaço para mais filmes da franquia, como fizeram em Halloween, mas se for para ser como Halloween, é melhor pararem por aqui.

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Nota: 2/5

5/5 – (1 vote)

Autor do Post:

Jessica Rodrigues

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Darkzera do cerrado tocantinense, engenheira florestal, ilustradora botânica e médica de plantinhas; apaixonada por terror e romances boiolinhas, às vezes podcaster e, definitivamente, louca das plantas e dos gatos.

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