TRICULT | Revisitando a franquia “O Massacre da Serra Elétrica”

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Serra é família. Quase 50 anos de passaram desde que o filme O Massacre da Serra Elétrica (The Texas Chain Saw Massacre, 1974) estreou nos cinemas. Um filme independente criado por e dirigido por Tobe Hooper, com baixíssimo orçamento e que conseguiu ser um grande sucesso de bilheteria no ano de 1974, já que Hooper o vendeu como se a história fosse real (clássico de muitos filmes de horror por décadas). A verdade é que Hooper se inspirou na história do serial killer Ed Gein (1906-1984) em pequenos detalhes da trama, como as máscaras de pele humana, ferramentas e utensílios feitos de ossos humanos.

Apesar do baixo orçamento e de todas as dificuldades que isso traz quando se produz um filme, Hooper contornou isso da melhor forma possível: usando atores desconhecidos e sem experiência, filmando por horas e horas durante o dia para acabar mais rápido e pagar menos no aluguel do equipamento, usando efeitos especiais práticos para as cenas violentas de assassinato. Até a roupa que o Leatherface usa não foi lavada por dias, porque não havia outro macacão igual e eles não tinha verba e nem tempo para esperar que ele fosse lavado e secasse. Toda essa insalubridade resultou num gasto de 300 mil dólares e um dos filmes com a estética mais bonita já feita no cinema, faturando quase 153 milhões de dólares.

Dentre todas as polêmicas envolvendo o filme original, temos vários estudos e críticas sobre o modo como o filme trata mulheres com violência, e essa questão existe em todos os filmes da franquia. Um dos mais famosos é o livro Homens, Mulheres e Motosserras: Gênero no Filme de Terror Moderno (1992), da professora Carol J. Clover, onde ela faz um estudo de gênero sobre a representação feminina nos filmes de horror. Pra mim, a violência é muito mais pesada do que a questão do canibalismo em si na franquia (não, eu não sou louca), já que envolve questão de violência de gênero e a ameaça constante de abuso sexual. 

Apesar das polêmicas, O Massacre da Serra Elétrica se tornou um clássico do cinema cult, com uma cinematografia única e que deu origem a uma enorme gama de filmes e franquias famosas do horror, dentro do subgênero slasher.

A história em quase todos os filmes é basicamente sobre um grupo de amigos que viaja pelo o Texas e acabam sendo atacados por uma família de canibais. Mesmo que seja uma premissa simples, as camadas por trás são uma verdadeira aula de história sobre o que estava acontecendo nos EUA naquela época. 

O Tri Cult de hoje é uma visita a todos os 8 filmes da franquia O Massacre da Serra Elétrica, em ordem de lançamento, aproveitando a estreia da continuação realizada pelo produtor Fede Alvarez, uma continuação do filme original que estreia na Netflix dia 18 de fevereiro de 2022.

 

O Massacre da Serra Elétrica (1974)

O primeiro filme é roteirizado e dirigido pelo Tobe Hooper e se passa no verão de 1973, quando Sally Hardesty (Marilyn Burns) e seu irmão Franklin (Paul A. Partain) tomam conhecimento de que o cemitério onde seu o avô foi sepultado estava sendo vandalizado, daí os irmãos embarcam numa viagem de van até o Texas com seus amigos Kirk (William Vail) e Pam (Teri McMinn) e o namorado de Sally, Jerry (Allen Danziger) para verificar se de fato o túmulo do avô foi violado, mas acabam vivendo um verdadeiro inferno nas mãos de Leatherface e sua família.

Kirk e Pam saem em busca de um local para nadar, quando ouvem barulho de geradores de energia. O casal entra na propriedade dos Sawyer, a família canibal, e são capturados e mortos pelo Leatherface. Logo Jerry também vai atrás do casal e também é capturado e morto. Sally fica para trás com o irmão, que é paraplégico e usa uma cadeira de rodas para se locomover, mas quando a noite cai, eles também decidem ir atrás dos amigos desaparecidos e são surpreendidos por Leatherface com a sua motosserra, que mata Franklin e persegue Sally até capturá-la. 

Sally então se vê sozinha e sendo violentada psicologicamente a todo o momento durante o filme. No final, ela é levada a um “jantar de família” típico de sitcom (é até engraçado), onde somos devidamente apresentados à família Sawyer. Saw, do inglês, significa “a serra”, então eles são a família da serra e serra é família. 

Não há uma figura feminina na família Sawyer e isso não é explicado no filme até a prequel de 2017, mas a família canibal é composta por: “O Velho”, interpretado pelo Jim Siedow, que pode ser um irmão mais velho ou o pai do Leatherface, “O Caroneiro” (Edwin Neal), que é um assassino canibal sádico e violento, mas mentalmente instável, e isso faz dele o Sawyer menos perigoso; Leatherface, o assassino da motosserra; e o Vovô (John Dugan), o patriarca ex-açougueiro que com certeza tem muito mais de 100 anos e que foi um grande serial killer no passado. O vovô é mantido vivo bebendo sangue das vítimas da família Swayer. No primeiro filme, nenhum deles recebe nome.

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Muito mais que um filme de horror, O Massacre da Serra Elétrica traz uma discussão sobre a marginalização das famílias pobres e o que aconteceu com a modernização das indústrias nas décadas de 1960 e 1970, como os matadouros por exemplo, que tornou obsoleta a necessidade de tantos trabalhadores, fazendo assim com que milhares de pessoas perdessem seus empregos. Foi o que aconteceu com o pai da família Sawyer, que até discute que tudo o que é feito ali é para a sobrevivência da família, jogando a culpa até do canibalismo no capitalismo industrial.

O filme está integralmente disponível no Youtube. 

Nota: 4,9/5.

O Massacre da Serra Elétrica Parte 2 (1986)

O segundo filme da franquia, O Massacre da Serra Elétrica Parte 2, estreou anos mais tarde, em 1986, e é uma comédia de horror que continua a saga da família Sawyer. Ainda dirigido por Tobe Hooper, o roteiro agora é de L. M. Kit Carson e a produção é de Carson, Yoram Globus, Menahem Golan e Hooper. Totalmente diferente do primeiro filme, aqui temos uma comédia de gosto totalmente duvidoso que usa e abusa da violência, muito mais que o original. Enquanto o primeiro tem um ar mais de documentário caseiro, este é totalmente satírico, tanto que uma das capas do filme lembra a capa de O Clube dos Cinco (1985).

O filme acontece 13 anos após o primeiro filme, em Dallas no Texas. No começo uma dupla de jovens babacas é assassinada na estrada durante uma perseguição de um maluco com uma motosserra e todo o ataque é transmitido na rádio local, no programa da DJ Vanita “Stretch” Brock (Caroline Williams). Graças à transmissão, o tio de Sally e Flanklin Hardesty, o tenente Boude “Lefty” Enright (Dennis Hopper), chega na cidade para ajudar no caso, convencido de que os assassinos desde crime são os mesmos que aterrorizaram seus sobrinhos e amigos 13 anos antes. 

Como nada aconteceu com a família Sawyer depois dos crimes de 1973, já que Sally ficou tão transtornada que ninguém investigou o que houve, os Sayer agora são “reconhecidos” pela sociedade, pelo menos o pai. Drayton Sawyer (Jim Siedow), o pai, se tornou famoso por fazer o mais delicioso chilli caseiro do Texas, se gabando que é uma receita de família muito antiga, cheia de ingredientes secretos. Os ingredientes secretos? Carne das vítimas de Leatherface (Bill Johnson) e Chop Top, “O Caroneiro” (Bill Moseley) que não morreu no final do primeiro filme.

Com direito a perseguição, várias ceninhas de show de motosserra, muita nojeira na cozinha, luta de espadas motosseras e explosão, a única sobrevivente é a Stretch, nossa final girl que luta até o final. Temos até a repetição da cena clássica do final do primeiro filme, só que aqui quem grita e faz a dancinha com a motosserra é a Stretch.

O filme não é de um todo ruim, é até divertido, mas toda a violência e hipersexualização da Stretch acaba apagando a graça. Sim, envelheceu mau para um caramba. Inclusive temos uma cena em que o Leatherface esfrega a motosserra na vítima como se fosse um pênis a extensão da sua “masculinidade”. É tão nojento que estraga tudo de engraçado que o filme poderia ter, se era humor o que eles queriam. 

O filme está integralmente disponível no Youtube. 

Nota: 2,9/5.

Leatherface – O Massacre da Serra Elétrica 3 (1990)

Menos engraçado e muito mais violento que seu antecessor de 1986, Leatherface – O Massacre da Serra Elétrica 3 (1990) é um slasher bem aos moldes tradicionais. Dirigido por Jeff Burre, o filme é estrelado por Kate Hodge, William Butler, Ken Foree, Tom Hudson, Viggo Mortensen (sim, ele é um Sawyer!), Joe Unger e R.A. Mihailoff e continua a saga da família canibal Sawyer perseguindo pessoas que se perdem em estradas no Texas. Fica aí a recomendação de nunca dirigir no Texas, viu?

Aqui, o filme se passa em 1990, e assume que Sally Hardesty morreu em 1977, numa clínica. Como nos filme anteriores, aqui temos o casal Michelle (Kate Hodge) e Ryan (William Butler) viajando de carro, quando durante sua passagem pelo Texas, se depara com uma cena de horror: a polícia tinha encontrado uma grande cova coletiva do que parecia um ponto de desova de corpos e partes de corpos. Logo mais, eles param num posto de gasolina e há uma confusão envolvendo o dono do posto e um morador local, que resulta no assassinato do dono do posto, o Tex (Viggo Mortensen). Assustados, Michelle e Ryan fogem com medo de tomarem tiro também. Durante a fuga, diversos acontecimentos os levam para a propriedade dos Sawyer, onde eles são torturados e Ryan é assassinado por um dos membros da família.

Nesse filme, a família Sawyer é grande: Além do Leatherface, interpretado por R.A. Mihailoff, temos o cadáver do vovô, a mãe, o pai, o morador local Tinker (Joe Unger), uma menininha que é bem malvada e o nosso querido Tex, que se chama Edward Sawyer. Tex até presenteia o Leatherface com uma motosserra dourada gigante com a frase “serra é família”. 

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Ao contrário dos filmes anteriores, que a mocinha se salva sozinha no final, aqui Michelly é salva por Benny (Ken Foree), um completo estranho que também foi atacado pelos Sawyer com a sua companheira (morta). O resgate e as tentativas de fuga e a perseguição aos dois chega até a ser engraçada.

No mais, o filme é ruim. Talvez pela ideia já cansada, talvez por não ter Tobe Hooper envolvido no projeto, ou talvez porque é só ruim mesmo. Toda franquia tem suas bombas e esse, definitivamente é uma bomba de ruim (kkkrying). Vale a pena ser assistido só pelo Viggo Mortensen gostoso. 

O filme está integralmente disponível no HBO Max.

Nota: 2,4/5. 

O Massacre da Serra Elétrica – O Retorno (1994)

Esse aqui é engraçado! Ruim, mas engraçado. O quarto filme da franquia é escrito e dirigido por Kim Henkel, que participou do roteiro do filme original de 1974. Este filme pode tanto ser uma sequência do terceiro filme, quanto uma refilmagem do filme original e segue a história de um grupo de jovens que sai para se divertir na noite do baile de formatura e acabam numa perseguição e tortura da louca família Sawyer, que é protegida por uma seita poderosa que os incentiva a aterrorizar pessoas até quase a morte.

Essa seita que os protege cita várias teorias da conspiração estadunidenses, como a morte de John Kennedy. Eles usam da tortura até o ponto de transcendência pode ser observada no filme francês Martyrs, onde o foco do “experimento” era saber o que as pessoas enxergam antes de morrer e o que existe após a morte. Claro, aqui a tortura não é tão sofisticada e envolve muita gritaria, perseguição, ameaças, tortura física e a famosa motosserra, usada para matar.

Além da questão da tortura e violência já tradicionais da franquia, o Leatherface (Robert Jacks) é uma drag queen. Ele se veste de mulher de uma forma totalmente erotizada, usa salto, batom, até anda de lingerie e é uma espécie de dona de casa bizarra, aos moldes de Búfalo Bill, o serial killer de O Silêncio dos Inocentes (1991). Em outros filmes da franquia, vemos que ele usa batom, que coleciona e talvez usa roupas de mulher, provavelmente pelos seus problemas com a mãe. Nada disso é verdadeiramente explorado neste filme, esses são “fatos” que são revelados apenas em outros filmes da franquia, mas que encaixam bem aqui. Apesar de ser usado como um elemento cômico, o Leatherface drag queen é um verdadeiro ícone e faz uma referência à inspiração original do filme, que foi o serial killer Ed Gein, que tinha problemas com a mãe e que com ele foram encontrados diversos objetos, incluindo uma “roupa” feminina de pele humana. 

Dentre todo o elenco do filme, devemos destacar um Matthew McConaughey no papel de Vilmer Sawyer, um assassino violento que usa uma perna mecânica, e Renée Zellweger interpretando a mocinha Jenny, ambos no início de suas carreiras. Não é a melhor interpretação das suas vidas, mas ambos se tornaram atores incríveis.

O filme é ruim. Provavelmente o pior da franquia, sem dúvidas. Tinha um grande potencial, mas viaja demais na maionese. 

O filme está integralmente disponível no Youtube. 

Nota: 1,5/5. (3 pelo Leatherface drag queen)

O Massacre da Serra Elétrica (2003)

Sabemos que nem todo remake de filme é uma boa ideia, mas não é o que acontece aqui. O Massacre da Serra Elétrica de 2003 veio com tudo, seguindo sim a mesma ideia original, só que aqui temos um slasher mais sombrio e assustador, muito mais violento do que qualquer outro filme da franquia e uma estética diferente, mas que funciona muito bem, comparado com a evolução dos filmes de horror nas décadas de 1990 e o início dos anos 2000, quando este foi produzido.

O diretor novato Marcus Nispel se juntou com o roteirista Scott Kosar e com o produtor Michael Bay, além de contar com a coprodução dos criadores do filme original, Tobe Hooper e Kim Henkel. O enredo segue um grupo de 5 amigos viajando nas férias de verão em 1973, quando durante sua passagem pelo Texas, eles dão carona para uma moça atordoada na estrada, que não fala nada com nada e claramente foi torturada até a loucura. A moça entra em crise assim que percebe que eles estão indo para o mesma direção que ela fugiu, ela acaba dando um tiro na própria cabeça. É aqui que o que seria só mais uma viagem de férias de verão se torna um verdadeiro inferno, com uma perseguição onde apenas Erin (Jessica Biel) sobrevive, como uma verdadeira final girl estilo Sidney Prescott (Pânico).

Das maiores diferenças entre esse remake e o original, com certeza é a mudança do nome da família de canibais e dos personagens. Aqui, a família Sawyer se tornou família Hewitt e o bombadão assustador e sanguinário Leatherface (Andrew Bryniarski, ex-fisiculturista) se chama Thomas Hewitt. Fora a mudança de nomes, todas as mudanças inseridas no remake fazem sentido, para que o filme se adeque ao ano que foi lançado. É um ótimo filme e honra muito o original, mesmo tendo sido massacrado pela crítica.

Curiosidade: no começo do filme, em agosto de 1973, o grupo de amigos está ouvindo a música Sweet Home Alabama, da banda estadunidense Lynyrd Skynyrd, mas essa música só foi lançada em junho de 1974. Tá aí um furo da produção. 

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O filme está com algumas partes disponíveis no Youtube. 

Nota: 4/5.

O Massacre da Serra Elétrica: O Início (2006)

Prequel do filme de 2006, esta história de origem se passa 4 anos antes do seu antecessor, em 1969, e foi escrita por Sheldon Turner e dirigido por Jonathan Liebesman e coproduzido pelos criadores do filme original, Tobe Hooper e Kim Henkel.

Um filme de origem para o Leatherface, interpretado por Andrew Bryniarski, que conta como um açougueiro se torna o assassino sanguinário tão famoso na história do cinema. Apesar de esperarmos uma história de origem que nos faça entender as questões sociais por trás de toda a família de canibais e alguns sustor, não é isso o que temos aqui. É um filme mediano, cheio de gore como esperado da franquia, mas nada de mais. Confesso que até decepciona um pouco. 

Ao contrário do que se espera de filmes slasher, aqui ninguém sobrevive ao final. O Leatherface mata a todos para proteger a sua família.

O filme está disponível no HBO Max.

Nota: 3,3/5.

O Massacre da Serra Elétrica 3D — A Lenda Continua (2013)

Com certeza um dos meus favoritos da franquia, O Massacre da Serra Elétrica 3D é uma continuação direta do filme de 1974, ele até tem uma introdução de uns 2 minutos com um resumo de tudo o que houve no primeiro filme e começa exatamente após a Sally fugir, quando a polícia chega à casa dos Sawyer, pedindo para que eles entreguem o Jed/Leatherface (Dan Yeager).

Em meio às negociações para que Jed se entregasse para a polícia, um grupo de moradores locais revoltados acaba invadindo a propriedade dos Sawyer e um verdadeiro massacre acontece: eles assassinam da forma mais cruel toda a família e queimam a casa com todos dentro, restando apenas um sobrevivente: um bebê que é adotado por um dos assassinos. Anos depois, esse bebê é a jovem açougueira Heather (Alexandra Daddario), que descobre que tem uma vó e que ela a deixou uma herança no Texas. Quando ela e os amigos vão até o Texas, descobrem que ela herdou uma baita mansão, muito dinheiro e um legado que envolve o massacre da sua família e o seu primo Jed, que é o maníaco Leatherface, disposto a tudo para proteger sua família.

Heather tem que lidar com toda a carga emocional de descobrir que a sua família de verdade foi massacrada pelas pessoas que hoje comandam a cidade e que farão de tudo para matá-la também, já que ela é uma Sawyer, além do fato dos seus amigos e namorado terem sido assassinados pelo primo. Ok, alguns deles mereciam mesmo se lascar, inclusive ela esquece bem rapidinho. Com o retorno da popularidade do 3D, esse filme foi um dos primeiros filmes 3D que vi no cinema e é um verdadeiro show de sangue e violência gráfica, misturado com o drama das consequências da justiça feita com as próprias mãos. 

Não é o melhor filme do mundo, muito menos o melhor da franquia. Tem sim a questão da hipersexualização da Alexandra Daddario, considerada uma sex symbol da época e isso é bem babaca, mas renderia uma boa continuação, mas não obteve tanto sucesso de bilheteria assim e acabou fracassando. Mesmo assim, vale a pena assistir. As cenas gore são muito boas.

O filme está disponível na Netflix.

Nota: 3,8/5.

Massacre no Texas (2017)

Mais uma prequel, só que dessa vez do filme original, contando como realmente o Leatherface/Jackson/Jeddidiah Sawyer (Sam Strike) se tornou quem ele é, encaixando todas as peças que faltavam no filme de 1974. O filme foi dirigido pela dupla Julien Maury e Alexandre Bustillo, escrito por Seth M. Sherwood. 

O filme começa quando Jed criança atrai uma jovem para ser morta por sua família canibal. Acontece que a jovem era filha do xerife e ele acaba levando o jovem Jed para um hospital psiquiátrico/reformatório. 10 anos depois, Jed, agora Jackson, junto de seus companheiros de cela fogem numa rebelião e ele acaba levando junto com eles a enfermeira Elizabeth (Vanessa Grasse). Ikke (James Bloor) e Clarice (Jessica Madsen), companheiros de fuga de Jackson, são uma dupla de amantes extremamente violentos e perigosos. Assaltam e assassinam pessoas a sangue frio tranquilamente, enquanto fogem. 

Quando a polícia começa a investigar os fugitivos e vê que um deles é o menino Sawyer, o xerife prontamente monta um grupo de busca de sua confiança e saem em caçada pelo grupo de jovens. A partir daqui, tudo só piora. A polícia é corrupta e seguem apenas o desejo de sangue do xerife, torturando e executando os fugitivos tranquilamente, com a certeza de que nada vai acontecer com eles.

Nesse filme vimos que a família Sawyer não era nenhum cristalzinho sem defeitos, eles eram sim criminosos perigosos e canibais, mas a violência que eles sofreram também foi e os traumas tornaram uma pessoa que poderia ser normal em um assassino com a menta totalmente perturbada. É triste, brutal, com uma estética bem parecida com a original, considerando a evolução da cinematografia ao longo de quase 35 anos de diferença. Apesar de ter sido massacrado pela crítica (e quando filme de horror não é, não é mesmo?) e ser menos sangrento do que os episódios anteriores, esse é o meu favorito da franquia, confesso que até chorei (e quando não?). 

O filme está disponível no Globoplay. 

Nota: 4,9/5.

E aí, qual o seu filme favorito da franquia? Deixe nos comentários! 

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Autor do Post:

Jessica Rodrigues

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Darkzera do cerrado tocantinense, engenheira florestal, ilustradora botânica e médica de plantinhas; apaixonada por terror e romances boiolinhas, às vezes podcaster e, definitivamente, louca das plantas e dos gatos.

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