Relações têm problemas e relações chegam ao fim, independentemente se ainda há amor ou não. É sobre isso que o conto “A Três Passos do Fim”, de Jennifer Carolaine, trata em suas poucas páginas. Por mais que a história pudesse ter mais aprofundamento, ela deixa claro o assunto sobre o qual quer falar.
Em rápidos cenários, a autora demonstra que o casal tem uma relação bastante conturbada. Apesar de momentos de amor e carinho, ganha destaque os problemas que eles enfrentam. Em um primeiro momento, não é explicado o motivo pelo qual isso acontece. Poucas páginas a frente, porém, a explicação ganha corpo e faz total sentido.
Um dos grandes acertos deste rápido conto é não atribuir nome aos protagonistas. Isso permite que qualquer pessoa se identifique com a situação, para o bem e para o mal. Seja criar identificação com as brigas, com os momentos fofos, com a situação como um todo ou, no caso, pelo assunto principal: a necessidade e a dificuldade de partir.
Essa dificuldade de dizer adeus fica clara em todos os pensamentos da protagonista, que está tentando se estabelecer para terminar a relação. Os “três passos”, citado no título da obra, ganham ainda mais sentido na parte final do conto e são o ponto alto da história. Ademais, o final é totalmente contundente com a linha de pensamento seguida pela protagonista.
Outro ponto abordado, mas neste eu queria que tivesse um aprofundamento maior: o luto. Lutos, por si só, são complicados. Quando envolvem relacionamentos amorosos, podem ser ainda mais difíceis.
Apesar desses bons pontos, a obra ainda deixa a desejar em algumas partes. A história poderia ter sido mais desenvolvida, com algumas páginas sendo adicionadas ao enredo. Além disso, apesar de ser um conto independente, poderia ter havido uma revisão final para evitar que alguns erros fossem cometidos.
Mesmo assim, “A Três Passos do Fim”, de Jennifer Carolaine, é um conto que merece ser lido. As pequenas falhas não atrapalham o produto final e, nem mesmo, a mensagem que ele busca passar. É uma história, para mim, triste.
“Havia tanta cor naquela garota que a sua própria alma recebeu um pouco de cor”
Autor do Post:
Henrique Schmidt
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O louco dos livros, filmes, séries e animes. Talvez geek, talvez nerd, talvez preguiçoso, mas com certeza jornalista