Dizer que o novo filme protagonizado por Larissa Manoela foge dos clichês seria uma grande mentira. Entretanto, o longa garante boas cenas cômicas, dosado à uma história simples mas bem intencionada.
Nele, Lulli é uma estudante de medicina com muitas ambições mas pouca sensibilidade com os outros ao seu redor. Tudo muda quando ela passa por um “acidente” durante uma ressonância magnética de um paciente, e assim acompanhamos os desdobramentos da trama.
Um risco que o filme passa, é de não conseguir convencer o público de que sua protagonista merece o foco que é dado. Tendo em vista que suas intenções facilmente se misturam ao egocentrismo. Mas assim que o pontapé inicial é dado, vamos nos apegando à jornada de amadurecimento proposta.
Ainda assim, a intenção passa longe de ser super bem construída. Com muitos diálogos expositivos, e uma narrativa que beira o infantil ao ser contada, fica difícil de presenciar a sensação de um real crescimento e aprendizado. Por mais que o filme exponha valores e atitudes honrosas, muitos momentos soam artificiais, como se estivessem ali mais para dar uma lição de moral sobre coisas que já são previamente concebidas como boas maneiras.
Com tudo isso, Lulli é mais uma comédia teen formulaica da Netflix, mas que conquista através de seu carisma. Pois ainda que fazendo mais do mesmo, é verdadeira com sua trama bem humorada e seu direcionamento para as causas corretas pelas quais vale a pena lutar.
NOTA: 3/5
Autor do Post:
Bruna Berlitz
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Crítica de cinema e graduada em Produção Multimídia. Experiência na área do audiovisual, com ênfase em filmagens e edição de vídeos. Essencialmente da casa Lufa-Lufa, apaixonada por gatos e admiradora das obras de Jane Austen.