CRÍTICA | 2ª temporada de “The Witcher” e as pessoas ligadas pelo destino

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Esta crítica contém alguns spoilers. 

“Pessoas ligadas pelo destino sempre vão se encontrar.” – Geralt de Rívia, S01E08. 

Depois de quase 2 anos, o que pareceu uma espera muito longa, finalmente a segunda temporada de The Witcher estreou na Netflix, na última sexta-feira (16+1). Uma das grandes produções do streaming, The Witcher conta a história do bruxo Geralt de Rívia (Henry Cavill) e como o seu destino muda completamente quando em um evento a Princesa Cirilla de Cintra (Freya Allan) entra na sua vida. Além de Ciri, o destino de Geralt também está ligado à feiticeira Yennefer de Vengerberg (Anya Chalotra).

A primeira temporada terminou com Geralt e Ciri finalmente se encontrando e Yennefer se sacrificando na Batalha de Sodden. A segunda temporada é uma continuação direta desses acontecimentos, com Geralt seguindo com Ciri para um local seguro, enquanto eles passam pelo campo de batalha em Sodden e se encontram com Tissaia (MyAnna Buring), que diz para Geralt que não consegue encontrar Yen e que provavelmente ela está morta. O sofrimento do Geralt aqui faz a gente sofrer também, o Henry Cavill triste deixa a gente triste. 

A verdade é que Yennefer usou de magia proibida, quase morreu ao queimar o exército nilfgaardiano e foi salva/capturada por Fringilla (Mimi Ndiweni) a feiticeira que faz parte da liderança de batalha de Nilfgaard e que agiu para a queda de Cintra. Em sua caminhada para Cintra, as duas são capturadas por elfos e a partir daí começa outra jornada envolvendo Yen, Fringilla e Francesca Findabair (Mecia Simson), líder do exército élfico. 

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Yennefer e Fringilla após a Batalha de Sodden. Foto Reprodução:The Witcher,Netflix, 2021.  

Nessa temporada, vemos um Geralt paizão e também mentor de Ciri, já que é desejo dela treinar para se defender e não mais sentir medo. Eles vão para o lugar onde Geralt acha que ela estará segura: Kaer Morhen, a fortaleza dos bruxos, onde eles foram treinados e local para onde voltam no inverno. É aqui que conhecemos outros bruxos importantes como Vesemir (Kim Bodnia), o tutor e “pai” de todos os bruxos que sobraram.

Ciri é a grande protagonista da vez. É sobre o que ela é, quem ela teme ser e quem ela quer ser. O papel do Geralt aqui, além de pai e protetor, é conduzi-la ao lado certo. Ele contará com ajuda de Vesemir e dos outros bruxos, além da feiticeira Triss Merigold (Anna Shaffer), que tenta fazer Ciri controlar a própria magia. É lindo de ver o quão persistente e forte ela é, treinando e tentando até a exaustão, buscando a perfeição (ok, isso não é nada saudável). 

Ciri (Freya Allan) em seu treinamento em Kaer Morhen. Foto Reprodução:The Witcher,Netflix, 2021. 

Essa temporada está muito mais bem produzida que a primeira, com figurinos, cenários, efeitos, tudo muito bem feito, dá gosto de assistir. Temos mais tramas, novos personagens e novos dramas. Vemos também que os atores estão muito mais a vontade em seus papeis (não que não estivessem antes), com atuações muito boas. Confesso que dei uma choradinha nas partes mais dramáticas e fiquei receosa nas partes das lutas, porque ficaram bem reais e ver personagens que gostamos morrendo é bem triste. 

Diferente da primeira temporada, na segunda os acontecimentos são em ordem cronológica, o que facilita o entendimento do telespectador. De acordo com alguns fãs, a série não adaptou exatamente o que está nos livros, mas isso não é ruim. Uma obra deve bastar por si só e a série da Netflix faz isso muito bem. Quem não leu nada e nem jogou os jogos, pode tranquilamente assistir somente a série e a imersão ocorrerá da mesma forma, só prestar atenção. E convenhamos que se você quer uma obra igualzinha aos livros, fique só com os livros mesmo, ser purista só faz com que você perca oportunidade de ver como outras pessoas enxergam aquilo. Adaptação não é cópia.

A série toda é uma experiência maravilhosa para fãs de fantasia, especialmente para àqueles que não se prendem a um único padrão de fantasia e ficam o tempo todo buscando uma nova Game Of Thrones (sério, superem!). Claro que tem seus problemas, a perfeição não existe (tirando o Henry Cavill, óbvio), mas não é nada que deixe a série menos encantadora.

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Minha única ressalva é que acontece tanta coisa e o final joga tanta coisa na sua cara, que poderia ter mais uns 2 episódios. No entanto, entendo que o suspense é necessário para a próxima temporada (mais 1 ano, talvez?). E sim, eu gostei MUITO do final, fiquei até sem ar. 

No fim, as pessoas ligadas pelo destino sempre vão se encontrar. 

A série The Witcher e mais adaptações do universo criado pelo escritor polonês Andrzej Sapkowski estão disponíveis na Netflix.

NOTA: 4,7/5

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Autor do Post:

Jessica Rodrigues

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Darkzera do cerrado tocantinense, engenheira florestal, ilustradora botânica e médica de plantinhas; apaixonada por terror e romances boiolinhas, às vezes podcaster e, definitivamente, louca das plantas e dos gatos.

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