ENTREVISTA | Mark Miller fala sobre suas inspirações e planejamentos para o futuro de “Garotos Mortos não Contam Segredos”

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“Para aqueles que tiveram um Ensino Médio infernal e conseguiram sobreviver. Se esse livro prova alguma coisa… é que nem todos conseguem ;)” Lançado no último dia do mês de agosto, o primeiro livro da saga “Garotos Mortos não Contam Segredos” traz a história Tomas Minori e Mateus Armani, estudantes do Colégio Eastview Para Jovens de Elite que presenciam um assassinato na própria escola. Além de lidar com a perda de um colega de classe, Tomas ainda lida com chantagens e a escolha de acionar a justiça ou colocar sua relação com Mateus em risco.

Mark Miller deixa claro, não só em seu recém lançamento, mas em suas obras anteriores, o “desejo de ver mais representatividade em histórias usualmente dominadas pelo imaginário heteronormativo, buscando leitores que, assim como ele, desejam ver mais personagens LGBTQ+ em posições de protagonismo“.

Conversamos com o autor sobre as inspirações e processo criativo de “Garotos Mortos não Contam Segredos“, “Além da Fronteira“, seu lançamento anterior e o que podemos esperar no futuro da saga dos moradores de Eastview.

1 – Sabemos, pelo material que recebemos, que você teve uma grande inspiração com Pretty Little Liars (uma série que marcou bastante minha adolescência), mas gostaria de saber, além dela, quais foram as inspirações pra esse livro? Seja na caracterização dos personagens ou da trama no geral. E como exatamente PLL influenciou na trama do livro?

MM: Eu amo falar sobre minhas inspirações, pois acho que esse mito de que todo texto precisa ser estritamente original já está engrenado demais em nosso imaginário literário. Hoje em dia é impossível criar algo do nada, ter uma ideia revolucionária que nunca foi feita antes. O ponto-chave está em como você executa certos conceitos e certas ideias. PLL sempre foi uma das minhas séries preferidas, e quando decidi escrever um thriller recheado de drama adolescente, foi a primeira história para a qual gravitei quando se tratou de buscar inspirações. Uma pessoa misteriosa que tortura/chantageia suas vítimas através de mensagens de texto, um desparecimento/crime bastante suspeito, segredos que envolvem toda uma comunidade e não apenas os protagonistas da história. Você pode achar vários pontos de intersecção entre as duas histórias, e não estará errado, já que PLL serviu mesmo como inspiração para GMNCS. Além de PLL, também sou apaixonado por um de nós está mentindo e elite, e enquanto a atmosfera da primeira me ajudou a moldar a atmosfera de eastview, todo o drama e mistério do tipo “quem matou?” da segunda também estão presentes no meu thriller.

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2 – Essa edição é descrita como “livro 1”, você espera lançar quantas edições para concluir a história? Já tem uma ideia do que está por vir e da conclusão ou seu processo criativo é mais livre e o final ainda está em aberto?

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MM: Pretendo lançar 5 livros nessa série, e até agora tenho uma conclusão bem fechada. Sou um autor arquiteto e meu processo criativo geralmente é bem engessado, o que me permite, nesse caso, plantar dicas e pequenos easter-eggs ao longo dos livros que dão aos leitores a oportunidade de construírem suas próprias teorias e – por que não – descobrirem por si mesmos quem é o assassino de eastview.

 

3 – A respeito da criação dos personagens; qual foi seu favorito, seja na criação dele ou no desenvolvimento da escrita?

MM: Eu sempre tenho favoritismo para meus protagonistas. No caso de GMNCS, acho que Tomas é meu preferido. Ele tem muitos traços e características que são retirados de mim, além de que é muito fácil se identificar com seus problemas e dificuldades. Que garoto gay nunca se apaixonou por alguém que ainda estava no armário? Quem nunca se sentiu deslocado e preso em uma situação da qual não sabe como sair?

 

4 – “Garotos Mortos não Contam Segredos” não é seu primeiro lançamento, certo? “Além da Fronteira” foi seu lançamento anterior. Pode nos contar um pouco dele? E se há alguma relação com seu lançamento atual.

MM: Claro que posso. “Além Da Fronteira” é uma história completamente diferente de GMNCS, existindo em seu próprio universo literário. Possui vários traços de distopias clássicas, com comentários sobre nossa sociedade, além de alguns elementos de romance. Depois de finalizar essa série, me senti inspirado a retornar ao mundo real e escrever algo que se passasse no nosso aqui e agora, daí nasceu o eastverso, universo no qual GMNCS se passa.

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5 – Pode deixar uma mensagem especial para os novos leitores, que estão conhecendo seu trabalho agora com GMNCS, e também para os que já te acompanham… o que eles podem esperar agora, nesta nova fase?

MM: Mesmo que tenha criado um novo universo literário, sigo escrevendo com a mesma filosofia: trazer representatividade LGBTQ+ para gêneros onde tradicionalmente não há. Antigos e novos leitores poderão observar isso nas minhas histórias. Acho que a única coisa que mudo nesse momento é a liberdade com a qual tratarei certos assuntos. Já como um autor experiente, me sinto mais confiante para escrever e debater certas coisas do que há um ano, e acho que isso vai ficar bem marcado em minhas histórias daqui para frente.

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Autor do Post:

Ludmilla Maia

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25 anos. Criadora e uma das fundadoras da Tribernna, escrevo pra internet desde 2016. Amo podcast como amo cultura asiática e heróis. Nas horas vagas, concurseira e bacharel em direito.

Um dia eu te conto o que significa o nome “Tribernna”.

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