A nova geração de fofoqueiras estreou nesta quinta (8) na HBO Max. Reunindo críticas negativas e positivas, Gossip Girl fez jus a sua antecessora apenas por ser relevante o suficiente para se tornar falada, como a original lá em 2007. Afinal, o lema da garota do blog sempre foi “falem bem ou falem mal, mas falem de mim”.
Mas, afinal, a nova GG é tão boa quanto a original? Calma, ainda é muito cedo pra gente determinar isso. No entanto, há algo que não podemos negar, a série tem MUITO potencial. Se deixarmos a nostalgia e o apego afetivo de lado, ela pode se tornar até melhor (em questão de construção de enredo) do que sua antecessora.
Era esperado que a série fosse mais moderna, mais diversa e trouxesse um olhar mais atual aos problemas dos riquinhos de Upper East Side. E ela cumpre essa expectativa. No primeiro episódio muita coisa acontece — muita mesmo — e é possível já observar como a narrativa é mais atenta em construir as teias de fofoca entre os amigos e até mesmo nos detalhes (essenciais) como a dissipação da informação.
O primeiro episódio brinca com alguns acontecimentos pra lá de bizarros da série original, solta algumas referências e se apoia ainda em uma narrativa similar, no entanto não nega isso, pelo ao contrário assume explicitamente que está imitando alguns artifícios já usados porque é assim que funciona.
Os personagens se distanciam bastante do que já conhecemos, ainda assim eles retém de uma familiaridade e nostalgia, talvez seja apenas os rich problems e as intrigas superficialmente interessantes.
Não cabe, pelo menos não agora, comparações diretas com os personagens antigos, já que eles bebem da originalidade em suas personalidades e histórias. É claro que a formação do grupo, as amigas “capangas/faz tudo” e uma hierarquia e rivalidade promovida pela mais popular se mantém vivas, mas ainda assim de uma forma diferente da que já vimos.
Uma coisa que se destaca de cara é a escolha ousada em revelar quem é a Garota do Blog logo no primeiro episódio, e nos primeiros minutos a sua motivação. É claro que eu espero que isso dê problemas no futuro, já que não é apenas uma pessoa envolvida (lições de Pretty Little Liars: Duas pessoas só podem manter um segredo se uma delas estiver morta).
O que a antiga GG não fazia, essa fez: deu um novo ponto de vista ao inferno que é o colégio Constance Billard School, o ponto de vista dos professores e como sua vida está na mãos dos alunos ricos. Isso passou despercebido na história original, onde vimos apenas que eles sofriam represálias, mas nunca vimos o que eles de fato achavam sobre isso.
Todavia, o que me deixou apreensiva após terminar o episódio foi a escolha de ter focado apenas em 2 personagens, como as protagonistas da série. O que fez Gossip Girl se tornar tão popular foi a construção dos personagens e como a série tinha um grupo inteiro de protagonistas e não apenas 1 ou 2. Acredito que só nos resta torcer para que a série não seja tão preguiçosa ao ponto de desperdiçar o potencial dos outros personagens que fazem parte dos “Sete Samurais”.
“Gossip Girl” se distancia das comparações com outras séries teen do momento, como “Elite”, e traz a nostalgia em uma trama que já temos familiaridade porém de uma forma mais atualizada e moderna.
Novos episódios da série serão disponibilizados toda quinta-feira na HBO Max.
Autor do Post:
Ludmilla Maia
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25 anos. Criadora e uma das fundadoras da Tribernna, escrevo pra internet desde 2016. Amo podcast como amo cultura asiática e heróis. Nas horas vagas, concurseira e bacharel em direito.
Um dia eu te conto o que significa o nome “Tribernna”.