Crítica | Apesar de épico, quinto episódio de Loki acaba onde começou

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Poucas coisas são mais frustrantes que ter expectativas não atendidas, e é um pouco pior quando a expectativa já nos foi entregue de bandeja, não precisamos nem criar. Essa foi a sensação que “Jornada ao Mistério”, penúltimo episódio de Loki exibido ontem (07) na plataforma de streaming Disney+ , causou. E isso não significaria que foi um episódio ruim, se este não fosse o penúltimo da temporada.

A verdade é que o pós crédito do episódio anterior criou uma expectativa surreal e deixou nas mãos desse, a responsabilidade de suprir e ainda dar segmento aos acontecimentos necessários para um grande final, digno de uma série tão cheia de potencial. 

No entanto fomos abençoados com os fã services, principalmente para aqueles que gostam de toda a mitologia envolta no Deus da trapaça e todas as suas representações, seja no cinema,  desenhos, quadrinhos ou mitologia. E isso não seria algo ruim em uma série que leva o nome do personagem, mas quando o penúltimo episódio da temporada termina exatamente no mesmo ponto que começou é problemático. Ele levanta a bola mas não consegue sacar, e ficamos mais uma semana aguardando respostas e resoluções. 

Se no final de Evento Nexus , episódio anterior, descobrimos que ser “apagado” da linha do tempo não significa exatamente a morte, e que existem outras variantes do Loki que passaram pela mesma situação, nesse episódio descobrimos que o lugar na verdade se chama “O Vazio” e é dominado por Alioth, uma criatura em formato de nuvem que passa o dia devorando variantes jogadas no vazio pela AVT. 

O episódio se divide em dois momentos, enquanto vemos o nosso Loki (Tom Hiddleston) descobrindo seus outros “fins” através de suas variantes e conhecendo mais sobre O Vazio, do outro lado temos Sylvie (Sophia Di Martino) buscando informações com Renslayer (Gugu Mbatha-Raw) na sede da AVT. No embato entre as duas o máximo que conseguimos descobrir é que a juíza, que outrora parecia tão sabia sobre o mundo da AVT e os Guardiões do tempo, sabe tanto quanto os agentes. 

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O episódio no geral é excelente, mas encerra com um gosto amargo de que poderia ter mais. Poderia ter tido muito mais se talvez pudesse gastar mais um ou dois episódios dentro do Vazio, junto a outros Loki’s. Um dos pontos altos do episódio é justamente o nosso Loki, assistindo várias versões de si mesmo trapaceando umas as outras, quase exausto dessas pequenas coisas. Algo que vimos o nosso Loki do Universo cinematográfico da Marvel passar ao longo de sua redenção.

Fica aqui a sensação que a série quis adiantar seu processo de vilão para herói em potencial. Algo que funcionou para Sylvie, que encerra o episódio despindo de toda a ideia de vilã que um dia a rondou durante a série.

Em um dos episódios mais épicos da temporada, o Loki clássico (Richard E. Grant) fez jus a sua participação, mitologia e força em um momento memorável digno de uma cena do MCU. Ao mostrar que a coragem de se sacrificar por alguém e um bem maior é algo inerente ao ser Loki, e que agora faz parte de sua mitologia.

Encerramos o episódio com dúvidas, questionamentos e a fé de que a conclusão da temporada conseguirá equilibrar tudo o que ficou pendente até aqui e preparar para uma possível renovação de uma das série mais cheias de potencial dessa fase 4 da Marvel. 

A série está disponível do Disney+ e tem novos episódios toda quarta-feira. Na Tribernna você encontra textos especiais toda semana.

Autor do Post:

Yara Lima

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Uma das fundadoras da Tribernna, estudante de comunicação social, nordestina e periférica. Divide o tempo entre ler, dormir e escrever por ai!

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