3T INDICA | 8 produções para celebrar o #PrideDay

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O Pride Month, ou Mês do Orgulho em brazillian language, está quase no fim e hoje (28) é considerado o dia mundial do orgulho LGBTQIA+! Para comemorarmos e celebrarmos em grande estilo anos e anos de luta, perseverança, resistência e orgulho, separamos uma listinha com 8 indicações de filmes e séries pra você indicar até para aquela sua tia… difícil de lidar!

De rir a chorar, nossa lista não possui apenas os dramalhões pesados sobre os casais que não terminam juntos. Aproveite sem medo (alguns rs) até com sua família.

Euphoria (2019 – atualmente)

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Um grupo de adolescentes no ensino médio é mostrado enquanto permeiam através de romance, amizade, drogas, redes sociais e traumas. Dentre eles, Rue (Zendaya) é uma jovem depressiva viciada em drogas que conhece Jules (Hunter Schafer), uma garota nova que começa a estudar com ela. Entre as duas, uma nova amizade surge.

Essa série tecnicamente perfeita (fotografia, direção e principalmente maquiagem) com selo HBO já nasceu clássica cult, embora não tenha o reconhecimento que merece. Com episódios de quase 1 hora, a história de Rue, Jules, Cassie (Sydney Sweeney) e do resto do grupo de “amigos” pode parecer clichê, mas Euphoria é uma experiência diferente de tudo o que você já viu! A trilha sonora produzida pelo cantor e rapper Drake foi considerada uma das melhores de 2019, dentre séries e filmes.

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Aqui, o tema LGBTQIA+ é somente um dentre tantos (tantos mesmo) temas abordados de maneira delicada, natural e até secundária à trama.

Até o momento, a série conta com 1 temporada e 2 episódios especiais, totalizando 10 episódios, com uma segunda temporada já em produção.

Foi com essa série absurda que Zendaya arrematou seu primeiroEmmy de melhor atriz principal.

Steven Universo (2013 – 2020)

Na emocionante história épica de Steven Universo, acompanhamos o amadurecimento e crescimento do personagem-título Steven, que mora com as chamadas Crystal Gems – seres alienígenas feitas de pedra que protegem o planeta Terra de outras Gems. São Garnet, Pérola e Ametista, criando e cuidando do garoto meio Gem e meio humano em Beach City. Porém, uma invasão à Terra está sendo planejada pelas Gems colonizadoras do Planeta-Natal.

Essa história parece bobinha e infantil, né? Mas pasme: é considerada uma das maiores obras-primas do Cartoon Network, estando no hall reservado às pérolas do canal como Hora de Aventura e Apenas um Show. Encabeçada por Rebecca Sugar, a série conquistou uma legião de fãs com músicas belas, artes impecáveis e roteiros inteligentes, criativos, maduros e adultos.

Steven Universo trata de crescimento, amadurecimento, família, amizade, abandono e, de forma original, romance LGBTQIA+ para crianças (e adultos chorosos, como eu), contando com o primeiro casamento dos desenhos entre duas personagens femininas. Lembra o que disse lá na introdução? Esse é o tipo de produção para ver com seus pais, filhos, sobrinhos, pets, vizinhos, alienígenas e seres interdimensionais.

O desenho foi encerrado em 2020, e conta com 5 temporadas, 1 filme e um epílogo. Eu nunca chorei tanto com um cartoon.

Trailer feito por um fã mesmo, senti os arrepios de nostalgia daqui

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POSE (2018 – 2021)

Ambientada na Nova York de 1987, POSE mostra a dura realidade da transexualidade no auge da epidemia de AIDS que acometeu os EUA. Blanca (MJ Rodriguez) é uma jovem que funda sua própria casa de acolhimento para jovens LGBTQIA+ sem lugar no mundo selvagem dos anos 80. E, junta de seus filhos, concorre na fabulosa cultura dos bailes luxuosos suburbanos.

Mais uma filha bem sucedida de Ryan Murphy e irmã descarada de Glee: POSE demarca com orgulho o amadurecimento do showrunner como contador e criador de histórias. Aclamada pela crítica e pelos fãs, essa série deliciosa de se assistir ostenta de forma opulenta o título de maior elenco trans da televisão.

Apesar de ser original FX, a Netflix adquiriu os direitos de exibição aqui no Brasil. Moda e gay culture são os pilares essenciais e visuais desta que é um marco simbólico e (por que não?) histórico na representatividade T (de LGBT) na televisão. Perfeita para ver com seus pais (mas com um leve embaraço em uma ou duas cenas em específico).

A série conta com 3 temporadas, sendo que 2 estão disponíveis na plataforma vermelhinha.

Indya Moore, você merece o mundo todo!

Meu Nome é Ray (2015)

Ray (Elle Fanning) nasceu biologicamente mulher, mas nunca se identificou com o gênero; e agora, ainda adolescente, prepara-se para realizar a sonhada cirurgia de redesignação de gênero. Sua mãe, Maggie (Naomi Watts), tenta lidar com a situação apoiando o filho, mas sua avó, Dolly (Susan Sarandon), não aceita a resolução. Ray então parte em busca de seu pai afastado e velhos laços põe a dinâmica da família em crise.

Certo, agora chegamos nos dramas sem comédia. Esse filme é fantástico! Vai por mim. Se esse elenco incrível não te deixou com vontade de dar uma chance, o drama familiar da trama deve despertar a curiosidade. Uma história delicada, contada de uma maneira cuidadosa, singela e envolvente. Meu Nome é Ray é um daqueles dramas que fazem você ter vontade de entrar na TV e abraçar os personagens.

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Elle Fanning mostrou um de seus melhores trabalhos aqui e a atriz revelou ter sido um desafio e tanto desempenhar o papel. Perfeito para ver com a família, mas lembre de reservar uma caixinha de lenços.

Infelizmente, o filme não está disponível em plataformas de streaming no Brasil.

“Estou cansado de ser uma exceção!” Que frase!!

Me Chame pelo seu Nome (2017)

Na belíssima paisagem da Riviera Italiana, o jovem Elio (Timothée Chalamet) está passando por mais um verão longo e preguiçoso regado a sol e música. Mas o sentimento de tranquilidade muda com a chegada do acadêmico norte-americano Oliver (Armie Hammer), que se hospeda na casa para trabalhar com o pai de Elio. Um romance arrebatador surge entre os dois, forçando os limites da timidez e dos sentimentos.

Tá, talvez essa indicação seja a mais manjada da lista. Mas o que é uma lista de indicação sem o reconhecimento dos clássicos? Me Chame pelo seu Nome só (ou já?) tem 5 anos de vida e antes mesmo de suas vitórias no Oscar já estava sendo considerado uma obra-prima da sétima arte.

E mais do que merecido: é um romance tão fantástico que me deixou louco por uma visitinha à Itália. Cada frame do filme poderia virar uma pintura digna de ser exposta no Louvre. Diálogos pensados nos momentos certos e uma trilha fenomenal feita por Sufjan Stevens fecham a tríade de elogios à adaptação homônima do romance talvez ainda mais envolvente de André Aciman. 

O filme está disponível na Netflix.

Deixei meu coração na Itália, Mr. Pearlman!

Ammonite (2020)

Num frio e duro Reino Unido de 1820, conhecemos a paleontóloga Mary Anning (Kate Winslet), que trabalha descobrindo e limpando fósseis marinhos de amonite, um tipo de molusco, ao longo do Canal da Mancha. Porém, um pesquisador londrino aparece em sua casa para estudar seu trabalho e tornar-se também um paleontólogo. Sua esposa levemente deprimida, Charlotte Murchison (Saoirse Ronan), o acompanha. As duas mulheres começam uma amizade amaciada pelo trabalho e compadecida pelas enfermidades que evolui para algo muito mais profundo.

Surpreendentemente, o elenco não é a principal razão para esta indicação. Claro que a interpretação rígida e forte de Winslet está de se comer com os olhos de tão precisa e a de Ronan está delicada e (quase) irritante na medida certa. Entretanto, o drama (que passou batido ao grande público) Ammonite é sobretudo um estudo de personagem. A solidez e intransigência de Mary rimam de forma irônica com o pilar central da trama: os fósseis de amonites.

Sendo mais um longa do subgênero dramático da indicação anterior, Ammonite carrega uma identidade própria e mais singular, distanciando-se da maciez italiana mas sem perder a delicadeza do romance. Afinal, fósseis necessitam da mesma destreza de cuidado que a música.

Infelizmente, o drama não está disponível em plataformas de streaming. Mas com certeza merece sua chance de ser assistido.

O melhor final de toda essa lista!

Priscilla, a Rainha do Deserto (1994)

Anthony (Hugo Weaving), Adam (Guy Pearce) e Bernadette (Terence Stamp) são 3 drag queens que recebem a proposta de apresentar seu show em um cassino. Para chegar lá, os 3 terão de atravessar o gigante deserto australiano em um ônibus cor-de-rosa chamado Priscilla. E em suas diversas paradas as drags performam seus shows para plateias entusiasmadas e homofóbicas. Mas tudo muda quando Adam e Bernadette descobrem o verdadeiro intuito da viagem de Anthony.

Uma das minhas indicações favoritas, Priscilla é considerado um clássico recente para o público LGBTQIA+ (e para o cinema) por misturar uma comédia leve com temas sensíveis, mas nunca sem perder o clima frugal. Os 3 atores principais atuam com muita naturalidade num tempo em que a homofobia ainda corria solta pelo mundo, e principalmente em cidades do interior.

As aventuras de Priscilla irão arrancar sorrisos bobos do espectador mais velho ao mais jovem: seu humor, por vezes parecido com o de Apertem os Cintos! O Piloto Sumiu, é boboca mas inteligente e bastante efetivo. Ótima dica para ver com a família.

No Brasil, o filme está disponível no Telecine.

Serviu tudo: looks, atuação, roteiro e dramédia!

Manhãs de Setembro (2021)

Cassandra (Liniker) é uma mulher transexual que acabou de conquistar sua tão sonhada independência: um lugar só seu pago com seus 2 empregos. Entre entregadora de mercadorias e cantora, Cassandra se vê imaginando seu futuro com olhos brilhantes. Mas a chegada de um filho biológico de sua vida passada muda totalmente o rumo de sua vida. 

Indicação quentinha do forno: a série estrou sexta-feira (25) no catálogo da Amazon Prime e tem muita, muuuuita qualidade. Cheia de referências à cantora Vanusa, a produção nacional possui os ares familiares de Central do Brasil em sua composição, carregando um drama forte e original na televisão.

E o talento da cantora Liniker não permanece restrito à sua voz (e que voz!!): sua atuação é intensa e natural. Suas performances estão no ponto, e a trilha sonora conta com Vanusa, Belchior e até Calypso. Vale muito a pena conferir esse drama de terras tupiniquins com apenas 5 episódios de 30 minutos.

Disponível no streaming azulzinho. Leia nossa crítica aqui.

Autor do Post:

Matã Marcílio

administrator

Um pré-fisioterapeuta nordestino que, perdido no mar das incertezas, fez das palavras seu refúgio. Um pouquinho mais de duas décadas de leitura e sedentarismo causado pelo prazer de deitar em frente a um espelho negro e observar toda a glória do homo sapiens ao escapar da realidade terrivelmente entediante. “Jojo Betzler. Hoje, só faça o que puder.”

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