CRÍTICA | “Luca” traz uma emocionante e inspiradora jornada

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Desta vez sem custo adicional algum, Disney+ adicionou em seu catálogo na última sexta (18) um novo filme animado com selo da Pixar, “Luca“.

Em “Luca“, acompanhamos uma história de amadurecimento sobre um jovem que vive um verão inesquecível repleto de sorvetes, massas e passeios intermináveis de scooter. 

Antes de falar do enredo do filme e de como ele consegue arrancar muitas lágrimas, é preciso enaltecer toda ambientação do filme, que se passa cidade litorânea da Riviera Italiana. 

As cores vibrantes contribuem para a imersão completa na história de verão, além das roupas tradicionais italianas, as ruazinhas estreitas e a imensidão do litoral que esconde criaturas marítimas. Apesar do filme se passar numa espécie de vilarejo ele explora o que há de melhor, suas paisagens naturais. Ao mesmo tempo que é acolhedor o filme é convidativo, surge essa imensa necessidade de fugir e encontrar aquele lugarzinho desconhecido e colorido. Principalmente a ilha onde os dois melhores amigos se refugiam.

A identidade visual das criaturas marítimas causam certa estranheza no começo, mas conforme a história evolui passa a se tornar mais aceitável. Isso se dá pelo fato dela ser desconexa, a junção de alguma espécie de peixe com feições “cartoonescas”, uma mistura de realismo e fantasia. 

Diante de tamanho cenário, a história em si não fica pra trás. É possível notar que os roteiristas brincaram um pouco guardando lições valiosas por trás de uma trama compreensível até pelas crianças. 

“Luca” é um filme sobre autodescoberta, e acima de tudo da compreensão  e aceitação dela. E por isso o filme é tão único, porque ele consegue se adequar a diversas pautas e explicar aos mais jovens de maneira simples, direta e didática. 

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Apesar de se apoiar em certos clichês, como o trio de amigos não populares, o filho rebelde a procura de respostas e um vilão que faz de tudo pra atrapalhar os planos dos mocinhos, o filme se destaca ao trazer um debate de forma natural e também por criar personagens tão cativantes que é impossível você não se emocionar ao fim.

Cada um dos três amigos detém de uma personalidade muito forte e distinta uma da outra, o que contribui para a criação de um grupo de amigos que você vai desejar ter feito parte quando criança.

O humor é pontual e bem singelo, ao fazer piada de situações tão simples que se torna natural. A carga dramática passa quase que imperceptível, por causa da aventura que a camufla, mas se mostra imponente quando seu momento chega. Grandes gestos aparecem através de discursos emocionantes e… mais uma vez a Pixar arranca lágrimas de sua audiência.

Dessa vez não foram monstros de outro mundo nem objetos falantes, mas sim a metáfora de criaturas marinhas que se disfarçam de humanos para demonstrar a importância de aceitar as diferenças, reconhecer nossa individualidade e perceber que sempre existirá alguém que irá amá-lo da forma que você for.

Nota: 4,5/5

Autor do Post:

Ludmilla Maia

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25 anos. Criadora e uma das fundadoras da Tribernna, escrevo pra internet desde 2016. Amo podcast como amo cultura asiática e heróis. Nas horas vagas, concurseira e bacharel em direito.

Um dia eu te conto o que significa o nome “Tribernna”.

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