Enquanto a estreia da série ficou responsável por reintroduzir Loki e nos reapresentar a versão do personagem antes de toda a sua jornada de evolução, junto com a AVT (Autoridade de Variação Temporal) e toda a dinâmica que pautaria o roteiro da série, o segundo episódio, exibido na plataforma de streaming Disney+ na última quarta-feira (16), tentou estabelecer um ritmo sem quebrar as expectativas do telespectador após o espetáculo exibido em seu episódio piloto.
É certo que segundos episódios sempre são mais difíceis de agradar em comparação com o piloto, porque geralmente é no segundo episódio que a série precisa fazer valer a pena toda a expectativa criada no piloto e estabelecer seus rumos sem perder o ritmo que levou o telespectador a dar um segundo play na série. No entanto acredito que Loki tenha cumprido seu papel em manter a diversão do primeiro episódio, adicionar a ação que faltou e trazer algumas teorias que podem ou não se desdobrarem mais a frente.
O segundo capítulo dessa história se apoia mais no humor e continua a brilhar em todas as tentativas de inserir um agente do caos no meio da papelada corporativa da AVT. A versão Loki funcionário público só perde para a junção do personagem com Mobius (Owen Wilson). A união da esperança e do caos proporcionada pela dupla é um dos maiores acertos da série. Owen Wilson representando o papel do funcionário que acredita firmemente no propósito de seu trabalho, ainda que isso coloque sua ideia de felicidade como um ‘sacrifício’, ao lado de um personagem tão bom em rir de si mesmo nos proporciona cenas como a visita a Pompeia minutos antes da erupção do Vesúvio. Cena essa que foi, diga-se de passagem, um dos melhores momentos do episódio.
Enquanto o episódio tenta aliar o lado detetive da trama, com Loki e Mobius afogados em pesquisas e papeis, ele insere doses de ação e aventura no maior estilo Marvel, intercalando com cenas de aventuras durante as missões no tempo. É inegável a química entre Mobius e Loki, assim como entre Owen Wilson e Tom Hidlleston.
O roteiro da série cria uma relação divertida e amigável, ao mesmo tempo que desconfortavelmente parental, já que Loki encontra mais uma chance de provar o seu valor. Algo bastante comum no inicio do MCU.
O final do episódio trouxe o desdobramento perfeito para evitar possíveis criticas ao ritmo da série, afinal em dois episódios parece cedo para tecer criticas a uma ideia de ritmo procedural, algo incomum para a quantidade de episódios que a série terá. O encerramento e toda a possível ideia da existência da Lady Loki trouxe o choque e a empolgação para garantir o play no terceiro episódio.
Com uma boa dosagem entre humor, aventura e investigação, Loki tem se mostrado uma excelente série com um enorme potencial.
A série está disponível na plataforma de streaming Disney+ e tem episódio novo toda quarta-feira.
Autor do Post:
Yara Lima
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Uma das fundadoras da Tribernna, estudante de comunicação social, nordestina e periférica. Divide o tempo entre ler, dormir e escrever por ai!