Hoje, 5 de junho, é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente, criado na Conferência de Estocolmo em 1972. Essa foi a primeira grande reunião de chefes de estado organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) exclusivamente para tratar da questão ambiental no mundo. Essa reunião foi o ponto de partida para as tentativas de melhorar a relação do ser humano com o meio ambiente ao buscar um equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação da natureza, que mais tarde veio a ser conhecido como desenvolvimento sustentável.
Aproveitando essa importante data comemorativa e um pouco da minha área de formação (sim, eu sou engenheira florestal), escrevi este texto especial trazendo animações que tratam da questão ambiental e da importância da convivência harmoniosa com o meio ambiente. Espero muito que gostem!
Mogli – O menino lobo (The Jungle Book), 1967
Mogli é uma animação musical da Walt Disney Productions baseado no romance The Jungle Book de Rudyard Kipling.
A história se passa na Índia, depois que um bebê é o único sobrevivente de uma família a um ataque de tigre na selva. O bebê é então encontrado por uma pantera, o Baguera, e levado para ser criado por uma matilha de lobos como um deles, até que chega o momento que ele cresceu o suficiente para ser considerado uma ameaça pelo lendário e malvado tigre que assassinou seus pais, o Shere Khan. Para segurança de Mogli, ele é levado para a aldeia dos homens por Baguera, que sempre achou que a segurança de Mogli era sua responsabilidade, mas Mogli se zanga e foge na primeira oportunidade, já que nunca quis ir para a aldeia dos homens.
Na sua fuga, Mogli conhece o urso malandro Balu, que tem uma filosofia de vida de só fazer o que quiser e só usar o necessário da natureza. Nesse momento temos a clássica música que está na cabeça de muitas pessoas que assistiram tanto a animação original, quanto o live action de 2016.
Durante o filme, vemos diversos animais se referindo ao ser humano como mau. O próprio vilão do filme odeia mais que tudo o homem e sua “flor vermelha”, que nada mais é que o fogo que o feriu e o deixou cego de um olho. Claramente, esse é o maior risco que a vida na selva sofre.
A animação de 1962 e o live action de 2016 estão disponíveis no Disney +.
Pocahontas, 1995
Mais uma animação da Disney, dessa vez um dos clássicos mais recentes. Pocahontas é inspirado na história de Matoaka, uma índia norte-americana da região onde hoje fica o estado da Virgínia, nos EUA.

Apesar da história que a Disney contar um romance entre Pocahontas e o explorador John Smith, que nada tem a ver com a história real, a mensagem que o filme traz ainda vale. O povo de Pocahontas vive em total harmonia com a natureza, quando em 1607 um navio de colonos britânicos chega à América, liderados por John e o governador o governador Ratcliffe, que acredita que os indígenas escondem grandes riquezas em ouro e pedras preciosas.
Acontece que a riqueza que os ameríndios tinham era a terra e a sua relação com a natureza, nada mais. Durante todos os momentos de Pocahontas com a natureza e quando ela mostra isso ao John Smith, temos os momentos musicais que a Disney sabe muito bem como fazer. A canção “Colors of the Wind” ganhou o Oscar de Melhor Canção Original em 1996 (merecido, é a melhor música da Disney).
A animação está disponível no Disney +.
Princesa Mononoke (Mononoke Hime), 1997
Princesa Mononoke é uma animação japonesa dirigida por Hayao Miyazaki e produzida pelo Studio Ghibli. Nele vemos que uma vila humana devasta a floresta dos antigos espíritos para conseguir ferro, a maior fonte de renda da vila. Mas toda essa exploração traz consequências não tão legais assim, já que a exploração desenfreada dos recursos naturais uma hora cobra o seu preço.
No filme, temos 3 arquétipos principais: dos humanos, dos deuses e o meio termo. Lady Eboshi, a líder dos humanos, é a personificado da soberania, usando todo o poder ao seu alcance para lidar com os animais, mas por outro lado oferece uma vida digna a prostitutas e vagabundos. San, a princesa lobo, é a menina que foi abandonada pelos pais e criada por lobos, odiando humanos acima de tudo, mesmo sendo uma deles. E por último, o príncipe amaldiçoado Ashitaka, que representa um meio termo, um príncipe humano que entende e respeita os espíritos das florestas e também entende a ação dos homens.
Nessa disputa entre os humanos lutando para explorar a natureza e dos deuses animais para salvá-la, Ashitaka deixa de lado a sua maldição para ajudar San e os deuses.
O filme é uma belíssima fábula e, na minha humilde opinião, o melhor filme dos Studio Ghibli. Quem dera a natureza pudesse ter a força e a voz de San para se defender dos que lhe causam mal.
Você pode assistir Princesa Mononoke na Netflix.

WALL·E, 2008
A animação da Pixar Animation Studios conta a história de um robozinho chamado WALL·E, inventado em 2100 para limpar a Terra que está coberta por lixo. Então ele se apaixona por um robô chamado EVA, que recebeu a missão de encontrar pelo menos uma planta viva no planeta Terra. Assim, dois vivem uma aventura que irá mudar seus destinos e o destino da humanidade.
O filme traz o que ainda pode ser considerado uma distopia futurística do que pode acontecer com a Terra se continuarmos com o nosso ritmo acelerado de exploração dos recursos naturais, consumismo exagerado, o desenvolvimento tecnológico e a proteção ao meio ambiente.
Com uma visão e sensibilidade que só uma animação nível Pixar poderia oferecer, WALL·E é um contive para reflexão sobre nosso modo de vida e os impactos futuros que ele pode trazer.
Assim como todas as animações da Pixar, WALL·E está disponível no Disney +.
Você já assistiu algum filme da lista? Tem mais alguma animação sobre o tema para recomendar? Deixe aqui nos comentários!
Autor do Post:
Jessica Rodrigues
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Darkzera do cerrado tocantinense, engenheira florestal, ilustradora botânica e médica de plantinhas; apaixonada por terror e romances boiolinhas, às vezes podcaster e, definitivamente, louca das plantas e dos gatos.