CRÍTICA |”What Remains of Edith Finch”, é quase como se estivesse lendo um livro com controle na mão

Siga e Compartilhe:

What Remains of Edith Finch é um jogo em primeira pessoa que não possui um gênero específico. O jogo tem uma certa proximidade com quebra-cabeças, porém não é especificamente um. É difícil transcrever a experiência de jogar a produção da Giant Sparrow, mas tentarei ao longo dessa análise. O jogo foi rodado na versão de Xbox Series S.

Falar da história do jogo é falar do jogo em si, porém contar com detalhes qualquer coisa pode estragar a experiência dele, já que a gameplay é apenas uma ferramenta para narrar o livro. Sem spoilers, o jogo é um diário, focando na personagem Edith Finch Jr. voltando para a casa de sua família para descobrir os mistérios que a envolvem. 

O jogo é um livro, onde as legendas estão conectadas diretamente com o cenário, e a cada momento escrevemos mais no diário de Edith, esse que mostra a árvore genealógica da família. Conhecer cada pessoa em cada cômodo da casa é explorar e descobrir a “maldição” da familia Finch e sua mansão saída diretamente de um conto surrealista. 

A jogabilidade é simples, e realmente voltada apenas para contar uma história. A personagem anda e interage com objetos, agachar, subir escadas, abrir portas é sempre automático, talvez apenas necessitando apertar o botão de ação a mais para funcionar. Existem também certos “mini-jogos” que por vezes alteram a gameplay base do jogo, e ajudam também a quebrar a tensão e os momentos mais lentos, as vezes sendo tragicômicas, deixando o jogo em si muito mais interessante de se jogar. 

Falados os pontos positivos do jogo, é necessário falar da performance. É horrível. Não tenho certeza se é uma otimização errada para o console, ou se o jogo em si roda mal normalmente. O jogo é simples, diferente de um The Witcher 3, Batman Arkham Knight e Call of Duty Warzone, What Remains of Edith Finch não possui uma gameplay complexa com vários elementos, não precisa renderizar um mundo gigantesco e nem calcular projeteis em todo um mapa independente se a câmera está focada nele ou não. E ainda assim, com toda a simplicidade, o jogo trava. Muito. Foram incontáveis quedas de frames, que quase me fizeram desistir no jogo pela metade, já que as quedas de quadro me faziam perder certas legendas, ou me tiravam da imersão que a história me causou.

READ  FILMES | “My Son”, novo filme de James McAvoy, ganha trailer

O jogo é maravilhoso, e me fez imergir na história de uma maneira que apenas alguns livros como “O Lobo da Estepe” e “O Grande Gatsby“. What Remain of Edith Finch é um livro maravilhoso que possui uma gameplay leve e simples e rodeado por problemas gráficos, caso o jogo não possuísse problemas de otimização, seria uma das melhores histórias que tive contato na minha vida.

Nota: 4/5

Autor do Post:

Manoel Cunha

Gamer, cinéfilo, leitor e as vezes faço algo mais da vida. Estudante de jornalismo, fã de podcasts. Gamertag: manoelcdq.

Rate article
Tribernna