CRÍTICA | ‘Fate: A Saga Winx’ cria uma identidade própria e surpreende por fazer funcionar

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A tão esperada série adaptada do desenho ‘Clube das Winx’ estreou em janeiro deste ano na Netflix. 

‘Fate: A Saga Winx’ não começou com o pé direito com o público. Após o anúncio do elenco e das personagens (e suas caracterizações), os saudosistas da animação repudiaram as mudanças que a série apresentou. No entanto, ao ver apenas o primeiro episódio o espectador se pega surpreendido pelo fato de que a mudança realmente funcionou para a série, ao ponto de ao fim da série você realmente preferir aquelas personagens em vez de uma versão incrivelmente fiel ao desenho (que seria composto por adolescentes padrões de barrigas de fora), talvez exceto pela carência de uma atriz asiática, mas isso eu vou deixar mais pra frente.

A série tem a direção de Brian Young e Iginio Straffi e conta no elenco com Abigail Cowen, Hannah van der Westhuysen, Precious Mustapha, Eliot Salt e Elisha Applebaum como as Winx.

É visível que a série tem todos os elementos para ser uma série teen de sucesso. Uma protagonista que tem uma história familiar muito complexa e tudo gira em torno dela, amigas que irão ajudá-la e não terão problemas tão complexos quanto o dela, um crush muito bonito com sentimentos recíprocos mas com uma história muito complicada pra você simplesmente ir namorar com ele e por fim um elenco repleto de atrizes e atores lindos demais juntos em um colégio.

A trama entretém, mas não é inovadora. No entanto, consegue segurar sua atenção, faz com que o desenvolvimento dos personagens e os laços sejaM reaIS, gerando uma identificação maior com o público. E é por isso que chega um determinado momento que você se apega a personalidade e característica de cada um do elenco que acaba preferindo que a série fosse daquele jeito mesmo. Pensei diversas vezes que se fosse fiel (visualmente) ao desenho, não faria sucesso, não geraria identificação e seria um tanto que irritante. O maior pecado do elenco é não trazer uma atriz asiática para interpretar Musa, a falta de representatividade dói um pouco em determinado momento, ainda mais em uma personagem tão complexa.

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Todavia, a escolha das atrizes (tirando os pontos já mencionados) não poderia ser melhor. Cada uma exala uma beleza real, com exceção das atrizes que interpretam Bloom e Stella (porque são aquele padrão perfeito da ruiva e loira), as demais trazem consigo características que as fazem se aproximar mais de uma história real do que um ideal de meninas perfeitas que não correspondem com a realidade.

Há muita fantasia e magia, como era o esperado, porém o que destaca a trama é a emoção imposta, e principalmente os vínculos gerados. Apesar de ainda ter alguns dramas adolescentes (que fazem você querer revirar o olho porque poderia ter resolvido com facilidade), a história consegue cativar, surpreender (bastante) e emocionar (um pouco).

As personagens principais são carismáticas e muito diferentes de si, cada uma trazendo sua personalidade à tona e em conflito, o que faz com que você acabe se vendo em uma delas. É bastante natural a forma como elas criam seus laços, bem como as suas camadas escondidas, evidenciando mais de sua personalidade e história. No entanto, a primeira temporada foi focada somente em Bloom e com isso as outras não tiveram tanto destaque assim, a não ser uma menção e outra (de suas histórias, antes do colégio), o que foi uma pena. Aguardo ansiosamente para que na segunda temporada seja diferente.

A série tem um final de tirar o fôlego e um potencial gigantesco para uma continuação tão surpreendente quanto seu começo. O que eu mais aguardo, além do desenvolvimento da virada final, é como a série irá explorar os demais personagens agora que eles se encontram em lugares distintos do qual foram inseridos no começo da história. Novos vilões ou novos mocinhos? O que Winx não pode cair é na mesmice dos dramas adolescentes e se agarrar na trama de fantasia e mistério.

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‘Fate: A Saga Winx’ deve ser assistida como uma obra totalmente distinta da animação pela qual foi adaptada. Só assim você conseguirá aproveitar o entretenimento que a produção poderá te oferecer. 

Nota: 3,5/5

Autor do Post:

Ludmilla Maia

25 anos. Criadora e uma das fundadoras da Tribernna, escrevo pra internet desde 2016. Amo podcast como amo cultura asiática e heróis. Nas horas vagas, concurseira e bacharel em direito.

Um dia eu te conto o que significa o nome “Tribernna”.

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