Em um ano tão atípico como foi 2020, é complicado falar que algo foi “bom” ou “melhor”. No entanto, pelo menos em termos de leituras, tive acesso a algumas boas obras neste período tão conturbado.
Acabei lendo menos do que em 2019, por incrível que pareça, mas tive acesso a alguns bons livros, enquanto outros foram razoáveis ou ruins. Não vou estipular um “Top 3” ou “Top 5”, pois sou muito péssimo com essas classificações. Porém, vou escrevendo sobre as melhores obras que li neste ano – todas com resenhas aqui na Tribernna. Sem mais delongas, vamos começar.
Obs feito pós-final da resenha: acabou se tornando um Top 7, mas não por ordem de preferência. Tenham paciência comigo e não desistam de mim! E, claro, se quiserem, deixem nos comentários dicas de livros que gostariam de ver resenha e me falem os melhores livros que leram neste ano de 2020!
Tartarugas até lá Embaixo – John Green
Sem dúvidas, foi o primeiro ótimo livro que li neste ano. Talvez eu não o colocasse nesta lista, mas, sendo de um autor tão famoso quanto o John Green, preferi destacá-lo. Já li algumas obras do Green, porém, para mim, esta é a melhor.
Neste livro, o autor trabalha muito bem questões de saúde mental, em especial a ansiedade da personagem. Além disso, exemplificou a dificuldade que familiares e amigos enfrentam ao lidar com problemas de saúde mental, mesmo destacando a importância que cada uma dessas pessoas têm nessas batalhas.
Confira a resenha completa aqui.
O Amor Segundo Buenos Aires – Fernando Scheller
Este se tornou um dos meus livros brasileiros favoritos. Isso porque, como diz o título, a obra fala sobre amor. Comecei a leitura inseguro, pois os capítulos são divididos nas perspectivas e histórias de diferentes personagens. Porém, isso se mostrou um dos pontos mais fortes do livro, além da criação e definição da personalidade de cada uma das pessoas.
Ademais, o livro encerra muito bem a história. O capítulo final é excelente, dando continuidade aos acontecimentos e não colocando, de fato, um ponto final. Até porque, os personagens continuam vivos, a vida prossegue. Não foi um ponto final.
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O que Aconteceu com Annie – C.J. Tudor
Admito que esse livro entrou aqui pelo conjunto. C.J. Tudor já tinha começado a me conquistar em “O Homem de Giz”, mas foi com “O que Aconteceu com Annie” que ela roubou completamente o meu coração. A história é bem sombria e me deixou arrepiado em diferentes momentos.
C.J. Tudor define a sua escrita com esta obra. Há pontos em comum entre os livros, como o protagonista falho e, até certo ponto, com grandes semelhanças entre os personagens. Ademais, há traumas do passado, culpas e arrependimentos, entre outras coisas que podem ser feitos paralelos.
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Milhas de Distância – A.B. Rutledge
Colocar esse livro nesta lista é quase um roubo, pois, na realidade, foi uma releitura. E o motivo de ter lido novamente foi, justamente, poder fazer uma resenha dele. “Milhas de Distância” é, sem sombra de dúvidas, um dos meus livros preferidos da vida.
É um livro que aborda transexualidade, orientação sexual, descobertas, preconceitos, homofobia, vivências, luto, dor, amor, tesão, depressão. É incrível como foi conseguido abordar tantos temas complexos e importantes em um livro tão curto (salvo engano, não tem nem 300 páginas).
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Jogador Nº 1 – Ernest Cline
Além de ser uma excelente aventura futurista, o livro é um ode aos nerds, geeks, gamers e afins. Acredito que, por ter ido mais diretamente no meu coração de fã da cultura pop, eu coloque a obra na lista. Isso porque, preciso admitir, ela tem erros, como demorar a começar a ser desenvolvida.
Ademais, fora a temática futurista e com homenagens à cultura pop, a obra também faz críticas sociais, como o machismo no mundo gamer, racismo, questões ambientais, capitalismo, diferenças no mundo real x virtual, entre outras coisas.
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Brisingr – Chritopher Paolini
Representando toda a saga de Eragon, o ciclo Herança, Brisingr, sem dúvidas, merece fazer parte desta lista. A escrita de Paolini é cansativa, maçante. Porém, Brisingr, o terceiro livro da série, é o mais dinâmico entre todos, com acontecimentos em todos os momentos e em todos os lugares.
Uma das coisas que eu mais gostei em toda a série de Eragon, mas que tem maior destaque nesta obra, é o foco que ela dá para a redenção. Um trecho que gostei bastante, e fala sobre isso, foi: “[…] muitas vezes o verdadeiro nome da pessoa muda com a idade. Você entende o que isso significa? Quem você é não é eterno. Um homem poderia se reinventar se quisesse”.
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Jackpot – Nic Stone
Finalizando essa extensa lista, Jackpot! O livro da Nic Stone, autora do aclamado “Cartas para Martin” (o qual já comprei e pretendo ler o mais breve possível), é muito divertido, mas extremamente reflexivo. Todo capítulo há uma situação para se refletir a respeito, seja sobre questões de raça ou de finanças.
Um dos pontos altos, fora das críticas sociais, é o fortalecimento da personalidade de todos os personagens, principais e secundários – com exceção de um personagem, na realidade. Agora, dentro das questões principais do livro, eu sorri e vi meus olhos marejados de lágrimas em diferentes momentos. Vale a leitura!
Resenha completa aqui.
Autor do Post:
Henrique Schmidt
O louco dos livros, filmes, séries e animes. Talvez geek, talvez nerd, talvez preguiçoso, mas com certeza jornalista