Já para deixar claro desde o início que a resenha diz respeito ao volume único de “As Crônicas de Nárnia”, de C.S. Lewis, e não as obras individuais. Dito isso, é um livro mágico, de verdade mesmo. Uma viagem supergostosa de se fazer, principalmente para quem gosta destas aventuras.
É interessante ver crônicas que não se tornaram filmes. As três obras audiovisuais da franquia dão uma boa noção de como é o mundo de Nárnia, mas ler outras crônicas, outras histórias, torna tudo ainda mais especial.
Ver como Nárnia foi criada, como as viagens entre os mundos se iniciaram, como tudo foi construído, é mágico. Para quem é religioso, também é possível, obviamente e claramente, fazer diferentes paralelos entre Aslam e Deus. Até porque, o livro mesmo permite isso ao falar sobre as crianças como “Filhos de Adão” ou “Filhas de Eva”.
Eu mesmo que não sou religioso vi claramente a “deusficação” de Aslam. No entanto, não vou me estender muito nesse assunto e vou focar na magia e fantasia por motivos de: estou fugindo de qualquer tipo de polêmica envolvendo religiosidade porque sim.
As principais crônicas, as que viraram filmes, se tornam ainda mais interessantes por permitir que vejamos o crescimento e amadurecimento dos personagens, principalmente de Lucia e Edmundo, que estão presente nas três histórias – Pedro e Susana participam apenas de duas.
Não vou mentir, apesar de toda a magia e fantasia de Nárnia, algumas partes são um pouco cansativas e arrastadas, nas quais parece que nada acontece. No entanto, vale a pena seguir em frente, pois é realmente um livro divertido para se ler, principalmente para o público infanto-juvenil.
“As Crônicas de Nárnia” vale a pena ser lido, seja antes ou depois do filme, seja por curiosidade ou nostalgia. São histórias rápidas, de cerca de 100 páginas cada, mas que compõem um mundo mágico e fantástico. Lembrando que: o livro será mais interessante ao público jovem, para o qual ele é voltado.