“O Morro dos Ventos Uivantes” e longos

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Não é novidade para ninguém que me conheça a minha dificuldade com livros que se passam na antiga Inglaterra – mais abaixo falarei, novamente, os motivos. Com “O Morro dos Ventos Uivantes”, de Emily Brontë, não foi diferente. Um livro com uma história rica, tanto em detalhes quanto em desenvolvimento, mas que, para mim, se tornou extremamente cansativa.

Primeiramente, sempre que pensamos nas histórias da antiga Inglaterra nos dirigimos diretamente ao romantismo e a classe daquele período. Não discordo, mas é tão distante dos dias atuais que eu sinto uma sincera dificuldade em me conectar ou me ambientar aquele momento. Dificilmente funciona para mim.

“O Morro dos Ventos Uivantes” é um ótimo livro, não me entenda errado. É super natural saber reconhecer que uma obra é boa, mas você não gostar dela – e foi exatamente o que aconteceu comigo. A construção dos personagens é clara e perfeita, a narrativa da história é bem desenvolvida – mesmo que lentamente. O detalhamento dos acontecimentos, fora os detalhes dos ambientes, também está presente.

A obra conta com diferentes elementos que a colocam, merecidamente, como um clássico da literatura mundial. Porém, não funciona para mim. A profundidade dada aos personagens só conseguiu me fazer com que eu os achasse profundamente chatos (mas também acho os tratamentos daquela época chatos, então…). Eu sempre entendo, mas nunca consigo concordar com o egoísmo e algumas atitudes autocentradas presentes nas obras que se remetem aquele período.

A lentidão no desenvolvimento da história me foi muito cansativa. Eu demorei entre cinco ou seis dias para terminar de ler o livro, mas eu simplesmente não via a hora de terminar a história. O final foi ficando claro ao decorrer da obra, mas mesmo assim foi feito de uma forma estranhamente bela e, ao mesmo tempo, lúgubre.

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Não vou me estender. Repito, “O Morro dos Ventos Uivantes” é um clássico, uma belíssima obra, mas será mais eficiente com os apaixonados pela antiga Inglaterra, por aquele romantismo clássico. Aos que preferem livros, digamos, mais atuais (nem falo sobre temas atuais, mas com uma ambientação mais meados do século XX para o século XXI), “O Morro dos Ventos Uivantes” não deve agradar tanto assim.

Autor do Post:

Henrique Schmidt

O louco dos livros, filmes, séries e animes. Talvez geek, talvez nerd, talvez preguiçoso, mas com certeza jornalista

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