Sempre quis ter um livro da Darkside, pois acho o acabamento lindo e atmosfera sombria me atraía. Em uma promoção recente da Amazon, comprei logo três. Um deles foi “Rastros de Sangue: Jack, O Estripador”, de Kerri Maniscalco.
O livro, realmente, é lindo. A capa é atrativa, dura, o acabamento é incrível e as ilustrações também são perfeitamente bem feitas. Mas para por aí. A história não apenas deixa a desejar, como é extremamente previsível.
Como se não bastasse conseguir descobrir quem incorporava Jack, o Estripador nessa versão, também consegui chegar até o motivo pelo qual os crimes estavam sendo cometidos. Além disso, a história é esticada além do necessário, com bastante enrolação.
Li achando que veria uma história de mistério, suspense. Encontrei uma história que tem sim pontos positivos – como o fato da protagonista ser uma mulher forte lutando contra as amarras da chata Inglaterra do século XIX -, mas extremamente previsível e cansativa.
Em diferentes momentos eu pensei em parar, mas queria ter certeza da minha única suspeita – que eu já tinha tido por volta da página 50, até mesmo antes disso. Para a minha não-surpresa, eu estava certo, o que foi extremamente decepcionante.
A autora faz um esforço para ir soltando pequenas pistas, mas não deixar o personagem que é o assassino exposto. Mas ela faz isso tão descaradamente, que fica extremamente na cara.
“Rastros de Sangue: Jack, O Estripador” é um livro desnecessário, que não vale o investimento. É lindo, mas livros não são apenas enfeites para ficar na estante.
Autor do Post:
Henrique Schmidt
O louco dos livros, filmes, séries e animes. Talvez geek, talvez nerd, talvez preguiçoso, mas com certeza jornalista