“A Última Estação” e a última esperança

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Meu primeiro contato com “A Última Estação”, da dupla Rodolfo Bezerra e Diego Betioli, foi através de um Instagram. O livro seria lançado na Bienal do Rio (já tendo sido lançado em SP anteriormente) no dia que eu iria. Logo, marquei presença.

Comprei realmente animado. Tenho explorado mais o gênero de suspense e terror e me aproximado mais desse lado. Somado a isso, tenho focado em ler novos escritores brasileiros, justamente para ter uma maior compreensão da escrita.

“A Última Estação” atendeu às minhas expectativas e não decepcionou. Admito que senti um pouco de dificuldade no início, pois se trata mais da narração da história dos protagonistas, Gabriel e Alex, até chegar o ponto no qual ambos pegam o metrô.

Passada essa introdução, porém, a história flui de uma maneira incrível. As páginas viram rapidamente, os personagens são bem construídos, as cenas de ação, e de terror, são bem descritas, permitindo uma fácil visualização de todo o ambiente.

Os mistérios vão sendo revelados aos poucos, com algumas ligeiras pistas, ou impressões, já deixadas em aberto para o próximo mistério.

Voltando a falar dos personagens, que para mim foram o grande ponto forte do livro, os desenvolvimentos e paralelos feitos entre eles foi fantástico. Falarei apenas dos protagonistas.

Gabriel – um jovem com uma família estruturada, aparentemente classe média/classe média-alta, que lida com uma pressão interna para obter o mesmo sucesso das irmãs mais velhas. A partir do momento que a história principal se desenvolve, tem uma evolução rápida, mostrando ser muito mais do que o jovem simples do início.

Alex – um jovem com a família desestruturada. Pai ausente e mãe doente. Trabalhando desde muito cedo, se “deslumbra” com a vida de um amigo rico. Sempre responsável, sua vida vira de cabeça pra baixo. No entanto, ao chegar na Última Estação, o jovem responsável precisou renascer.

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Mesmo assim, vale a pena prestar atenção em todos os personagens. Jorge, Manu, Lúcia, Mônica, Roberto, Thomas… Todos contam com participações importantes para o desenvolvimento da trama, assim como também têm um ótimo desenvolvimento, com a história de nenhum deles sendo deixada de lado.

“A Última Estação” é um livro que vale a pena ser lido. Um bom suspense/terror, com uma história bem desenvolvida, com personagens marcantes e uma trama com um ótimo desfecho.

Autor do Post:

Henrique Schmidt

O louco dos livros, filmes, séries e animes. Talvez geek, talvez nerd, talvez preguiçoso, mas com certeza jornalista

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